Bahia

Travesti é condenada a mais de 63 anos de prisão por envolvimento em chacina de motoristas de app

Crime brutal aconteceu em 2019, no bairro de Santo Inácio, em Salvador

Alberto Maraux SSP
Alberto Maraux SSP

A travesti Amanda Santos foi condenada a 63 anos e oito meses de prisão por envolvimento nas mortes de quatro motoristas de transporte por aplicativo. O julgamento aconteceu nesta quarta-feira (19), no Segundo Salão do Júri do Fórum Ruy Barbosa, no Campo da Pólvora, em Salvador.

A sentença saiu após mais de 10 horas de julgamento, dirigido pela juíza Andrea Teixeira Lima Sarmento Netto. O júri popular foi formado por 29 pessoas.

Amanda, nome social de Benjamin Franco da Silva Santos, é a única envolvida no caso viva. Outros três responsáveis por torturar e executar Alisson Silva Damasceno dos Santos, Daniel Santos da Silva, Genivaldo da Silva Félix, Sávio da Silva Dias, foram mortos. A chacina aconteceu em 13 de dezembro de 2019, na localidade Paz e Vida, no bairro de Jardim Santo Inácio.

A série de assassinatos só foi interrompida porque um dos motoristas atraídos para a emboscada conseguiu fugir e denunciar o caso à polícia. De acordo com as investigações, a travesti era responsável por atrair as vítimas por meio de chamadas via aplicativo. Os crimes teriam sido motivados por vingança, após outros motoristas negarem corridas para a localidade.