Uma força-tarefa da Superintendência Regional do Trabalho na Bahia (SRTE-BA) realizada entre os dias 22 e 26 de maio e divulgada nesta sexta-feira (26) encontrou pelo menos seis trabalhadores vivendo em condições degradantes de trabalho em uma fazenda na cidade de Cardeal da Silva, na Bahia. O grupo dormia em barracos improvisados de madeira no meio da mata, tendo contato com insetos e outros animais. Eles também não acesso à água potável e a alimentação era escassa. Um dos trabalhadores era mantido em condições semelhantes à escravidão e foi libertado.
Para cada saca de carvão produzido, os trabalhadores recebiam apenas R$ 7. De acordo com o auditor-fiscal do trabalho da Superintendência Regional do Trabalho na Bahia, Alisson Carneiro, as carteiras de trabalho não eram assinadas e o trabalho era realizado sem nenhum equipamento de proteção. Após a ação, as habitações foram interditadas e mais de 20 autos de infração foram lavrados. Ainda de acordo com a SRTE-BA, nesta quinta-feira (25), o proprietário da fazenda não compareceu à audiência para assinar a carteira de trabalho dos seus empregados e quitar todos os créditos trabalhistas.
Por isso, o Ministério Público do Trabalho ingressou com ação civil pública pedindo indenização no valor de R$ 2 milhões. Os seis trabalhadores vão receber três parcelas de seguro desemprego, além dos seus direitos trabalhistas e indenizações de até R$ 20.000,00, afirmou Liane Durão, auditor-fiscal do trabalho da Superintendência Regional do Trabalho na Bahia.
Reprodução: Metro 1