Os trabalhadores da fábrica de parafinas Santa Cruz, em São Francisco do Conde, no Recôncavo da Bahia, iniciaram nesta segunda-feira (15), uma greve por tempo indeterminado por melhores condições de trabalho e respeito aos direitos trabalhistas.
A decisão pela suspensão das atividades aconteceu após uma Assembleia Geral Extraordinária, realizada no dia 8 de julho e conduzida pelo Sindiquímica Bahia, quando foram denunciados diversos desrespeitos aos trabalhadores e violações à Convenção Coletiva do Trabalho.
Os trabalhadores expressaram indignação diante de questões graves e urgentes, como assédio moral, ameaças, exposição a risco e o não pagamento de direitos trabalhistas, como o vale transporte.
O clima na empresa está tenso e extenuante, conforme relatam os trabalhadores, que vivem preocupados com a periculosidade no ambiente de trabalho. Entre as queixas estão o uso de equipamentos móveis como empilhadeira com botijão de gás natural, exposição à caldeira, entre outros riscos à saúde e segurança dos trabalhadores.
“Além do respeito às leis trabalhistas, a segurança dos trabalhadores é uma prioridade e exigimos uma revisão imediata das condições de trabalho”, informou o diretor do Sindiquímica Bahia, Giovani Souza.
Assédio Moral e práticas antissindicais
O diretor sindical reforça que, além do descumprimento da Convenção Coletiva do Trabalho e o não pagamento do Vale Transporte, os trabalhadores denunciaram práticas de assédio moral, incluindo ameaças, humilhações e falta de diálogos do gestor de Recursos Humanos com os funcionários.
“A direção da empresa também vem comentando práticas antissindicais, desrespeitando as leis trabalhistas, com a demissão de trabalhadores no período de negociação e realização de reuniões para ameaça de demissão coletiva. O que é inaceitável”, aponta Giovani.
Diante de tantos abusos e da falta de diálogo da empresa, não houve outra decisão a ser tomada pelos trabalhadores que não a greve, que começa nesta segunda-feira, 15/07, por tempo indeterminado.
“Aguardamos a resolução imediata dos problemas citados e um diálogo urgente com a administração da empresa para resolver as questões. Caso as negociações não sejam frutíferas, serão tomadas medidas legais para garantir o cumprimento dos direitos dos trabalhadores”, garante o diretor Giovani Souza.