O diretor geral do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), João Carlos de Oliveira, recebeu a visita do diretor e criador do Parque das Dunas de Salvador, Jorge Santana; e do presidente do Clube dos Empregados da Petrobras (Cepe) em Stella Mares, Dejair Santana, para discutir a continuidade do processo de tombamento do Parque das Dunas. O encontro aconteceu na sexta-feira (12).
O Parque é um monumento natural considerado o maior parque urbano do Brasil, com 6 milhões e 900 mil metros quadrados conservados, incluindo 13 lagoas perenes, várias intermitentes, além de possuir uma fauna com 252 espécies, uma flora com 1.375 espécies, e ter sido reconhecido pela Unesco, em 2014, como Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, e premiado, em 2020, com o Prêmio Muriqui, considerado o Oscar do meio ambiente. “Então, estamos falando de um monumento que academicamente e cientificamente foi comprovado que é importantíssimo se conservar”, defendeu Jorge Santana.
As dunas que são preservadas pela reserva existiam de Amaralina até a Praia do Flamengo, com o desenvolvimento urbano da cidade, hoje, restam apenas as dunas de Itapuã até a Praia do Flamengo. “O tombamento do IPAC será fundamental para termos o reconhecimento e proteção dessa riqueza como patrimônio do Estado. Não só Salvador ganhará com isso, como também a Bahia e o Brasil porque estamos falando da preservação do meio ambiente em um momento em que vivenciamos o COP26, conferência que aborda diversas tratativas nesse sentido em todo o mundo”, explicou.
Para João Carlos, diretor geral do IPAC, o Cepe vem reforçar a necessidade de patrimonialização do Parque das Dunas, uma vez que é fundamental defender a história da Petrobras na Bahia. “O IPAC já tem o decreto de tombamento no Lobato, que é o primeiro poço de petróleo de Salvador, e com a patrimonialização do Parque das Dunas, daremos continuidade no processo de defesa da memória da Petrobras na Bahia”, afirmou o diretor.