Os taxistas da capital baiana, após o brutal assassinato de um membro da categoria, pedem por mais segurança. Além disso, a classe também reclama da fiscalização desigual e do atraso no pagamento do benefício. Na manhã desta quinta-feira (15), a reportagem da Salvador FM esteve no ponto oficial dos táxis, ao lado da estação rodoviária, para conversar com os motoristas sobre a situação.
Enfileirados aguardando uma corrida, Pedro reclamou do alto tempo de espera que, segundo ele, chega a uma média de três horas. Para ele, que é motorista há 22 anos, a concorrência contribui para o tempo nas filas e, a questão da segurança é um grande problema a ser enfrentado pela categoria. “Já fui assaltado duas vezes, a gente sabe que é uma exposição muito grande, uma profissão de muito risco”, disse.
Para o taxista Luciano, que tem mais de 18 anos de profissão, a violência e o atraso no pagamento do benefício aos taxistas são desafios para a classe. “A concorrência é desleal, ainda não recebi nada, teve atraso no pagamento, não recebi o auxílio. E sim, já fui assaltado, já fui baleado e esfaqueado, já tomei dois tiros. Tenho dois filhos, e saio de casa sem saber se voltarei, a violência é grande”, contou ele.
Além disso, o taxista com 30 anos de atuação, Sérgio Cardoso, reclama da presença e permanência dos transportes clandestinos na região, e teme por conveniência dos órgãos responsáveis.
A Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico (Sinart) pontuou que não é responsável pela fiscalização, mas que cobra aos órgãos responsáveis e competentes o fortalecimento na fiscalização. “Órgãos têm feito ações pontuais no terminal de combate ao transporte clandestino, mas sabemos que precisamos de muito mais e que essas fiscalizações passem a ser mais recorrentes. Solicitamos isso dos órgãos responsáveis".
Já a Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador), confirmou que o órgão atua somente na fiscalização de infrações no trânsito, independente do tipo de veículo, e disse que “a fiscalização do transporte clandestino bem como a regulamentação ficam a cargo da Semob”.
A reportagem manteve contato com a Semob, mas até o final do fechamento da matéria, não obtivemos retorno.
Com informações de Paulinho FP.