As informações captadas pela Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pela Secretaria de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), em parceria com Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Secretaria do Trabalho (Setre) e Seade, mostram que a taxa de desemprego total da Região Metropolitana de Salvador reduziu ao passar de 26,7% para 26,2% da População Economicamente Ativa (PEA), entre outubro e novembro de 2018. Segundo suas componentes, a taxa de desemprego aberto diminuiu de 17,5% para 17,0% e a de desemprego oculto passou de 9,2% para 9,3%.
O contingente de desempregados foi estimado em 532 mil pessoas, 10 mil a menos em relação ao mês anterior. Este resultado decorreu do discreto aumento do nível de ocupação (0,6%, ou mais 9 mil postos de trabalho) já que a PEA praticamente não variou (saída de 1 mil pessoas da força de trabalho da região). A taxa de participação – indicador que estabelece a proporção de pessoas com 10 anos ou mais presentes no mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas – ficou em relativa estabilidade, passando de 59,0% a 58,9%, entre outubro e novembro.
No mês de novembro, o nível de ocupação teve leve crescimento (0,6%), sendo estimado em 1.499 mil pessoas. Segundo os setores de atividade econômica analisados, houve crescimento do contingente de ocupados nos Serviços (1,9%, ou 18 mil), reduções na Indústria de transformação (-3,5%, ou -4 mil) e no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (-1,0%, ou -3 mil) e relativa estabilidade na Construção (-1,0%, ou -1 mil).
Segundo posição na ocupação, o contingente de assalariados aumentou (0,7%, ou mais 7 mil postos de trabalho). Este resultado deveu-se ao acréscimo no setor privado (1,3%, ou 11 mil), já que no setor público houve retração (-5,0%, ou menos 7 mil). No setor privado, cresceu o número de empregos com carteira de trabalho assinada (2,1%, ou 15 mil) e reduziu o daqueles sem registro em carteira (-3,4%, ou -4 mil). Houve, ainda, elevação no número de trabalhadores do agregado outras posições ocupacionais, que inclui empregadores, trabalhadores familiares, donos de negócio familiar, etc. (7,5%, ou 7 mil) e redução no de empregados domésticos (-3,4%, ou -4 mil), enquanto o de trabalhadores autônomos ficou relativamente estável (-0,3%, ou -1 mil).
Entre setembro e outubro de 2018, aumentou o rendimento médio real dos ocupados (1,8%) e diminuiu o dos assalariados (-2,5%). Em valores monetários, equivaleram a R$ 1.537 e R$ 1.531, respectivamente.
A massa de rendimentos reais elevou-se para os ocupados (1,4%) e reduziu-se para os assalariados (-2,4%). No caso dos ocupados, decorreu do aumento no rendimento médio real, já que o nível de ocupação pouco variou. Entre os assalariados, deveu-se à retração do rendimento médio, já que o nível de emprego permaneceu em relativa estabilidade.
Entre os meses de novembro de 2017 e de 2018, a taxa de desemprego total na RMS elevou-se, ao passar de 23,8% para 26,2% da PEA. Esse resultado decorreu do aumento na taxa de desemprego aberto (de 16,8% para 17,0%) e, principalmente, na de desemprego oculto (de 7,0% para 9,3%). O contingente de desempregados elevou-se em 68 mil pessoas. Tal comportamento deveu-se ao aumento insuficiente do nível de ocupação (geração de 15 mil postos de trabalho, ou 1,0%) para absorver o crescimento da População Economicamente Ativa − PEA (83 mil pessoas ingressaram na força de trabalho da região, ou 4,3%). A taxa de participação aumentou de 57,5% para 58,9%.
Nos últimos 12 meses, o número de ocupados cresceu 1,0%, ao passar de 1.484 mil para 1.499 mil pessoas. Setorialmente, esse resultado decorreu da expansão do nível de ocupação nos Serviços (3,4%, ou 32 mil) e no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (1,4%, ou 4 mil), uma vez que houve intensa retração na Construção (-17,9%, ou -21 mil) e, de modo menos acentuado, na Indústria de transformação (-3,5%, ou -4 mil).
Segundo posição na ocupação, nos últimos 12 meses, o emprego assalariado elevou-se (3,3%, ou mais 31 mil postos de trabalho), resultado do acréscimo no setor privado (4,4%, ou 35 mil), já que no setor privado declinou (-4,3%, ou -6 mil). No setor privado, cresceu o número de assalariados sem carteira assinada (20,0%, ou 19 mil) e o daqueles com registro em carteira (2,3%, ou 16 mil). Houve aumento no contingente do agregado outras posições ocupacionais, que inclui empregadores, trabalhadores familiares e donos de negócio familiar, entre outros (12,4%, ou 11 mil), e retração no de trabalhadores autônomos (-7,3%, ou -25 mil) e, com menos intensidade, no de empregados domésticos (-1,7%, ou -2 mil).
Entre outubro de 2017 e de 2018, aumentou o rendimento médio real dos ocupados (3,4%) e diminuiu o dos assalariados (-2,7%). Nesse período, houve acréscimo na massa de rendimentos reais dos ocupados (3,8%) e variação negativa na dos assalariados (-0,5%). No caso dos ocupados, o resultado derivou de aumentos no rendimento médio real e no nível de ocupação. Entre os assalariados, derivou da retração no salário médio em maior proporção que o aumento do nível de emprego.
Secom // AO