. WASHINGTON – O governo dos EUA manifestou nesta quinta-feira, 7, preocupação com o desaparecimento do ex-detento de Guantánamo Jihad Ahmad Deyab, de 44 anos, transferido da prisão na base americana para o Uruguai pela administração Barack Obama.
Um deputado republicano afirmou que Deyab poderia estar no Brasil ajudando outros extremistas a planejar um ataque contra os Jogos Olímpicos do Rio.
O sírio deixou o território uruguaio em data incerta e suspeita-se que ele tenha cruzado a fronteira com o Brasil, evitando controles de imigração.
Seu paradeiro é desconhecido. Na quarta-feira, fontes do setor de inteligência brasileiro afirmaram que ele foi barrado em maio pela Polícia Federal na cidade de Chuí, no Rio Grande do Sul, que faz fronteira com o Uruguai.
“Teria preferido que tivesse ficado no Uruguai com os outros cinco detidos” de Guantánamo, transferidos como refugiados àquele país, admitiu ontem Lee Wolosky, enviado especial do Departamento de Estado para o fechamento da prisão.
Ele deu a declaração durante uma audiência na Câmara dos Deputados dos EUA, em resposta às muitas críticas de congressistas republicanos.
Jeff Duncan, deputado da Carolina do Sul, alertou que Deyab é “um membro da Al-Qaeda”, especialista em documentos falsos, que “talvez” agora esteja ajudando outros extremistas, “talvez do EI”, a entrar nos EUA ou a atentar contra os Jogos do Rio.
/ AFP (AF)