Mais um baiano foi confirmado como um dos desaparecidos na tragédia de Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte (MG), onde uma barragem de rejeitos rompeu e fez um mar de lama invadir parte da cidade. Até o momento estão confirmados 60 mortos.
A vítima se chama Tiago Coutinho do Carmo, de 34 anos, natural de Salvador. Além dele, quatro moradores de Santo Amaro, no recôncavo da Bahia, todos homens, também já haviam sido confirmados como desaparecidos.
Os nomes dos cinco baianos constam em uma lista de desaparecidos divulgada no sábado (26) pela Vale, mineradora responsável pela barragem.
O G1 conversou com a família de Tiago, na manhã desta segunda-feira (28). Os familiares reclamam de falta de notícias por parte da Vale, mineradora responsável pela barragem, que rompeu na sexta-feira (25).
"Estamos sem contato nenhum. Eles [Vale] não nos dão informações. A gente não sabe o que está acontecendo, só sabe que ele [Tiago] até agora está desaparecido. A mãe dele chegou a falar com ele momentos antes de romper. Ninguém estava esperando isso, pegou todo mundo de surpresa", contou uma prima de Tiago.
De acordo com a família, Tiago mora em Minas Gerais há cerca de cinco anos, onde casou e teve dois filhos.
Tiago trabalha como funcionário terceirizado de uma empresa que presta serviço para a Vale. os familiares afirmam que, além da falta de notícias, eles não foram procurados pelas empresas. "Não temos nada, nenhum posicionamento. Não fomos procurados por eles. Estamos sem saber de nada".
Outros baianos desaparecidos
Além do soteropolitano Tiago Coutinho do Carmo, outros quatro baianos de Santo Amaro estão entre os desaparecidos na tragédia. Dois deles são da mesma família.
Segundo familiares, Alex Mário Moraes Bispo, 22 anos, Ademário Bispo, 51, Ednilson Dos Santos Cruz e George Conceição de Oliveira, de idade não informada, trabalhavam em uma terceirizada da Vale, e estavam na empresa no momento do ocorrido.
Os quatro tinham deixado a cidade para trabalhar. Dois deles, Ademário e Alex Mário, são tio e sobrinho. Os dois trabalham como mecânicos de montagem na Vale e estavam na empresa há cerca de 6 meses.
G1 // AO