Bahia

Sindicato dos Rodoviários confirma paralisação na segunda-feira caso impasse continue

Se não acertar esse acordo, pagar a idenização dos trabalhadores, a cidade vai parar.

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[Sindicato dos Rodoviários confirma paralisação na segunda-feira caso impasse continue]

 

Caso uma nova reunião marcada para este sábado (17) não termine em acordo pelo pagamento de indenizações de trabalhadores, os rodoviários de Salvador cruzarão os braços na segunda-feira (19), confirma o sindicato da categoria.

Nesta sexta-feira (16), rodoviários realizaram manifestações nas estações da Lapa, Mussurunga e Pirajá, na capital baiana.

Pelo menos dois dos protestos cobravam celeridade na homologação do acordo para o pagamento de direitos trabalhistas a funcionários demitidos do Consórcio Salvador Norte (CSN).

De acordo com o diretor de comunicação do Sindicato dos Rodoviários da Bahia, Daniel Mota, na reunião desta sexta, empresa, prefeitura e advogados da entidade não chegaram a uma definição da situação. O Ministério Público do Trabalho (MPT) também acompanha a discussão.

"Está decidido. Hoje foi um aviso. Se não acertar esse acordo, pagar a idenização dos trabalhadores, a cidade vai parar. Os empresários não podem prejudicar os trabalhadores. Esses trabalhadores não têm culpa por essa situação […] A gente retorna amanhã a reunião. Se não tiver solução, vamos ter um 'blackout", anunciou o dirigente, em entrevista à Record TV Itapoan.

De acordo com o prefeito Bruno Reis (DEM), a gestão municipal é apenas "interveniente" no processo e tenta mediar um acordo entre o Consórcio Salvador Norte e os trabalhadores demitidos.

Daniel Mota afirma que "percebeu interesse da prefeitura em resolver o problema, mas parece que tem um desequilíbrio, e empresários não querem assinar a minuta".

Vacinação

Na Estação Pirajá, rodoviários também cobraram a inclusão da categoria como grupo prioritário na imunização contra o novo coronavírus em Salvador.

Na avaliação do diretor do sindicato, os secretários de Saúde municipal e estadual, Leo Prates e Fábio Vilas-Boas, precisam se manifestar sobre o pleito dos profissionais do transporte. "A gente é parachoque da sociedade. A gente acorda 4h da manhã e leva o povo para casa", apela.

Também em entrevista à Record, o secretário de Mobilidade de Salvador, Fabrizzio Müller, revelou que conversou sobre o tema com o titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).

"A priorização não é feita pelo município. É feita pelo Ministério da Saúde e o comitê estadual. Entendo que os rodoviários são peças importantes, vulneráveis, no dia a dia da cidade. Transportam pessoas, inclusive profissionais de saúde. Infelizmente, não está na mão da prefeitura resolver, nesse caso. Não é a prefeitura que determina quem é ou não prioridade", afirmou o chefe da Semob.

 

BNwes// Figueiredo