Dia 11 de novembro de 2016, nós, policiais civis do Estado da Bahia, estamos decretando o sepultamento do Programa Pacto pela Vida do Governo do Estado. O velório vai acontecer na Praça da Piedade, em frente à sede da Polícia Civil, a partir das 8h.
Informamos a toda sociedade baiana o falecimento do programa uma vez que atualmente a Bahia é líder nacional, pelo sétimo ano consecutivo, em mortes violentas. O Estado lidera também o ranking em furtos e roubos de veículos automotores.
A soma das mortes violentas durante a gestão do atual secretário chega a quase 40 mil em pouco menos de sete anos, o que demonstra o quanto esse modelo de gestão de segurança trazido para a Bahia é ruim e ineficaz.
Enquanto são realizados gastos desnecessários, como a construção do Centro de Operações e Inteligência de Segurança Pública 2 de Julho, que custou aos cofres públicos mais de 250 milhões de reais segundo dados do próprio governo, as delegacias de polícia da capital e interior, que atendem a sociedade e que deveriam ter um ambiente adequado para esse fim, continuam sem estrutura mínima para atendimento.
São instalações elétricas e hidráulicas comprometidas, banheiros fétidos e danificados, coletes a prova de balas e munições vencidas, efetivo inferior a necessidade da demanda da criminalidade com desvios de função e toda sorte de males aos profissionais que não tem nem água mineral para beberem. Essas são algumas das mazelas que a sociedade precisa conhecer da Polícia Civil e da má gestão da Segurança Pública do Estado.
Não reivindicamos muito, apenas o necessário para mantermos uma vida digna e honrada, como reestruturação salarial e melhores condições de trabalho. A designação imediata dos policiais civis que foram nomeados, a nomeação dos que concluíram o curso em 2014 e dos peritos que fizeram concurso no mesmo ano também está entre nossas reivindicações, pois desta forma a reduziria carência de efetivo.
Hoje é mais perigoso morar na Bahia do que no Rio de Janeiro ou São Paulo, dada tamanha violência instalada. Cuidado, você pode ser a próxima vítima!
Fonte: Sindpoc
