Se o fechamento do Centro de Convenções para reforma, em setembro do ano passado, já havia deixado uma lacuna na atração de turistas e negócios para a Bahia, o horizonte agora parece ainda mais sombrio, diante da incerteza sobre o equipamento, de acordo com representantes do setor turístico.
Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-BA), Glicério Lemos, o trade turístico aguarda uma resposta emergencial por parte do governo. “Foi uma infelicidade muito grande para todo o trade, uma perda lastimável. É um equipamento que vai continuar fazendo falta para a economia da cidade. Por isso, a gente espera uma solução imediata do governo para suprir esta lacuna”, ressalta Lemos.
Segundo o presidente da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação (Febha), Silvio Pessoa, o trade turístico vai começar a se mobilizar por alternativas que possam reverter a falta do Centro de Convenções.
“Estive lá hoje (ontem) no Centro de Convenções e todo o primeiro andar, do aquário até a Bahiatursa, está no chão. Ali só demolindo e construindo outro no lugar. O estado nos prometeu um Centro de Convenções há dois anos e até agora isso não saiu do papel. Estamos nos mobilizando para que a Prefeitura construa um Centro Municipal de Convenções”, comentou. Ainda conforme Pessoa, o turismo de eventos responde pela ocupação na rede hoteleira do estado na época de baixa temporada.
Essa importância também é destacada pelo presidente da Salvador Destination, Paulo Gaudenzi. “O Centro de Convenções é fundamental, sobretudo para Salvador que sofre pela falta de grandes congressos que são os sustentáculos na baixa estação do turismo de eventos e de lazer. Até que esta situação seja resolvida, o governo deveria fazer um acerto com a Arena Fonte Nova e montar grandes tendas com ar-condicionado para que os eventos aconteçam lá”, sugeriu.
O presidente do Conselho Baiano de Turismo (CBTUR) e do Sindicato de Empresas de Turismo do Estado da Bahia (Sindetur), Luiz Augusto Leão, é mais enfático. “A solução que vejo no momento para reverter este problema é fazer o mesmo que aconteceu com a Fonte Nova, quando desabou: implodir e erguer no mesmo lugar um novo centro. Precisamos de um lugar com condições de operação para que a gente possa atrair esses eventos para o estado”, opinou. Em nota, o governo do estado informou que só após a perícia irá definir o futuro do equipamento.
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