Os servidores municipais anunciaram uma paralisação nas atividades por 24 horas para a próxima quinta-feira (17). O ato foi decidido durante assembleia da categoria realizada nesta quinta (10) depois das negociações salariais com a prefeitura "travarem". No dia da manifestação, a partir de 8h, os trabalhadores vão sair em caminhada do Largo do Campo Grande até a Praça Municipal. O protesto deve reunir os principais sindicatos que representam a categoria, incluindo o Sindseps – que engloba a maior parte dos trabalhadores -, a APLB – que reúne os professores -, além de órgãos representativos dos profissionais da área de saúde. Segundo o coordenador-geral do Sindseps, Everaldo Braga, o ato acontece em "defesa da nossa campanha, para que a prefeitura apresente uma proposta plausível para os trabalhadores, inclusive aposentados e pensionistas".
Os servidores se reuniram com representantes da prefeitura na última quarta-feira (9) para discutir a pauta salarial. Mas de acordo com Everaldo, não houve melhora na oferta. "Nesta rodada a prefeitura manteve as mesmas propostas, sem modificar nada, sem colocar nada melhor", criticou. As negociações entre as partes não avançam há praticamente um mês, quando a Secretaria Municipal de Gestão (Semge) alterou pela última vez a sua proposta, oferecendo aumento à parcela de servidores que trabalha em empresas públicas. No entanto, os sindicatos ainda cobram outras demandas, especialmente em relação aos aposentados e pensionistas. Por outro lado, a prefeitura alega que não tem como conceder mais benefícios (veja mais).
A Semge divide os servidores municipais em grupos e cada um deles tem uma oferta salarial específica. Os profissionais da saúde (cerca de 8 mil) teriam um reajuste de 5,5% e os da educação (cerca de 7 mil) receberiam aumento de 2,5%. Outra parcela dos servidores é classificada pela secretaria como 'planão' e engloba 6 mil trabalhadores. Entre eles, os que possuem menos de 8 anos de carreira (cerca de 2 mil) teriam 2,5% de reajuste. Pela proposta da Semge, os maiores beneficiados seriam os que possuem mais de 8 anos de carreira (cerca de 4 mil), com 11% de aumento. Por fim, os funcionários das empresas públicas teriam assegurado um reajuste de 2,5%. Dessa forma, os inativos (aposentados e pensionistas) representam a única parcela de servidores que não são beneficiados com aumento conforme a oferta atual da prefeitura. Ainda não há data marcada para uma nova rodada de negociações entre trabalhadores e a Semge.
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