Servidores da Prefeitura de Salvador estão reunidos em assembleia, na manhã desta quinta-feira (7), pois reclamam da falta de cumprimento de acordos e legislações por parte do prefeito Bruno Reis. Os trabalhadores questionam “a inércia negocial e o descaso protagonizados pelo chefe do Executivo municipal” e apontam a falta de condições de trabalho como principal item da pauta de reivindicações da categoria.
Em entrevista ao programa Ligação Direta, da Salvador FM, o coordenador geral do Sindicato dos Servidores da Prefeitura do Salvador (Sindseps), Helivaldo Alcântara, apontou que os trabalhadores da Guarda Municipal e da Transalvador estão sem plano de carreiras, e os servidores da saúde cobram piso salarial e avanços dos níveis. “Desde 2015, esses servidores não têm aumento, enquanto a prefeitura vem aumentando sua receita”, disse.
Na assembleia geral, os trabalhadores pretendem alinhar estratégias de mobilização para cobrar o prefeito Bruno Reis em cumprir os dispostos nas diversas legislações inerentes ao serviço público municipal. “As condições de trabalho são precárias e estamos literalmente bancando o atendimento ao cidadão nos diversos serviços que fazemos", afirmou Alcântara.
O diretor do Sindseps ainda alega que a falta de água para consumo e higiene são situações recorrentes nas unidades de saúde, além da falta de segurança nesses postos de trabalho. "Nas últimas semanas tivemos que seguir em apoio e solidariedade aos colegas em vários postos de saúde. Falta água para higiene em um momento onde lavar as mãos é uma das alternativas para não morrer. Falta segurança mínima para trabalhar salvando vidas e colegas estão sendo vítimas de assaltos, agressões e ameaças. Apontamos também que nas praias, os agentes de salvamento aquático estão sofrendo em condições insalubres e efetivo insuficiente. Situações como essas seriam diminuídas com a convocação de concursados da Guarda Civil Municipal e da Salvamar, mas o prefeito segue perdido como se estivesse sem condições de assumir suas responsabilidades e acusando a pandemia pela falta de capacidade técnica de agir", disparou o sindicalista.