Servidores da Superintendência de Trânsito e Transportes de Salvador (Transalvador) iniciaram, na manhã desta quarta-feira (5), uma paralisação das atividades por 48 horas. A decisão foi tomada em assembleia na última sexta-feira (31/07). Uma reunião entre a Secretaria de Gestão e a Associação dos Servidores em Transporte e Trânsito do Município (Astram) foi realizada na terça (4) para tentar chegar a um acordo, mas os agentes do órgão mantiveram a paralisação.
No programa 'Ligação Direta' da Nova Salvador FM (92,3), o repórter Fabrício Cunha conversou com Luís Bahia – Presidente da Astram (Associação dos Servidores em Transporte e Trânsito do Município). "Não termos tido avanço na campanha salarial." Ele afirmou que o objetivo da categoria é continuar dialogando e lembrou que "os três itens principais não são financeiros" e citou o retorno dos agentes de transporte para a Semob. Ele lembrou que são necessários 1.111 agentes de trânsito mas a capital baiana só tem cerca de 600. "Precisamos de um concurso público. O último foi em 2013"
A nossa reportagem também conversou com Pedro Pires – Presidente do Sindtrans (Sindicato dos Servidores de Trânsito e Transportes do Município de Salvador e Região Metropolitana) que lembrou do "Reajuste na gratificação da educação do trânsito"
PAUTA – Uma nova assembleia está programada para esta quarta-feira, pela manhã, no pátio da Gerência de Trânsito (Gtran). O presidente da Astram, Luiz Bahia, afirmou que a paralisação foi decorrente da falta de avanço na negociação com a Prefeitura. “Mostramos 34 itens e recebemos ‘não’ na grande maioria e não tivemos previsão de resposta sobre outros itens, por isso paramos”, justificou Luiz.
Segundo o presidente da Astram, a depender do andamento da assembleia, os agentes podem fazer uma passeata partindo do pátio até a sede da prefeitura, na Praça Municipal. Os principais pontos a serem debatidos na assembleia é o retorno dos servidores da Transalvador que haviam sido transferidos para a Semob (Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana); a realização de concurso público, que não ocorre desde 2003; e ajustes na gratificação. Luiz Bahia garantiu que 30% dos agentes estão em serviço para atender solicitações emergenciais.
PREFEITURA – O secretário Alexandre Pauperio, da Secretaria de Gestão da Prefeitura, criticou a paralisação que ele julga ser “sem sentido”. De acordo com o secretário, a categoria vem recebendo aumento significante de salário: “É uma categoria que vem sendo beneficiada desde o começo da gestão. No ano passado tiveram aumento de 35% no salário, este ano de 12,9%. Mesmo assim eles têm pautas que eu considero sem sentido”. Alexandre disse que o órgão irá anotar as horas sem serviço para descontar no salário dos agentes. Sobre as reivindicações que serão debatidas em assembleia da Astram, o secretário de Gestão disse que existe um processo de negociação dos itens. Sobre os servidores que foram alojados à Semob, ele afirmou se tratar de “um cavalo de batalha, porque não houve prejuízo para eles”. Ele garantiu que já há um processo interno e que até setembro eles devem ser relocados. Sobre a realização de concursos, que não ocorrem há mais de dez anos, Alexandre disse que a Prefeitura havia feito um calendário de concursos para 2015, mas com o cenário econômico atual do país o calendário precisou ser suspenso. O secretário também criticou a cobrança de aumento salarial da classe. “Nós fizemos pesquisa de mercado em outras capitais e o que Salvador para é um dos três melhores salários do Brasil”, finalizou.
Fonte: Ibahia e Redação LD Notícias