Em uma sessão esvaziada, com apenas 11 vereadores presentes no plenário, servidores da Saúde voltaram a se manifestar nesta segunda-feira (4) na Câmara Municipal de Salvador contra o projeto de lei complementar encaminhado pela prefeitura à Casa. Na quarta-feira passada (30), a categoria já tinha feito um protesto em frente ao local.
Os servidores reclamam da proposta de retirada de um artigo sobre o plano de cargos dos profissionais, que estabelece a progressão automática para todos os servidores da Saúde, caso a gestão municipal não realize periodicamente uma avaliação de desempenho.
“A prefeitura não quer avaliar ninguém. São oito anos que a gente não é avaliado. Vimos o prefeito ir para a televisão dizer que o servidor não quer ser avaliado. Isso não é verdade”, discursou Bruno Carinhanha, coordenador geral do Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (Sindseps).
O artigo em questão diz que, caso a administração municipal não promova a Avaliação de Desempenho e Aquisição de Competências a cada ano, “todos os servidores que tenham cumprido as condições estabelecidas nos I e II, do art. 36 farão jus, automaticamente, à progressão”.
Na galeria da Câmara, servidores com cartazes defenderam que o plano de cargos é “inegociável” e pressionaram os vereadores a votar contra o projeto do Executivo. Um grupo de profissionais também se reuniu em frente à Câmara.
Está prevista assembleia-geral da categoria na quarta-feira (6), na Praça Municipal. Na última semana, o prefeito ACM Neto (DEM) afirmou que pretende tratar todos os servidores municipais com igualdade e descartou abdicar da retirada do artigo.
Bahia.ba // AO