Uma projeção da Secretaria de Saúde de Salvador revela que, o fim de maio até o início de junho, a capital baiana deve passar pelo pior período da pandemia do coronavírus, com a falta de leitos de UTI e cerca de 900 mortes pela doença. No início da pandemia, a capital registrava uma média de 3 mortes por dia. Hoje, este número varia de 6 a 8. A taxa de mortalidade em Salvador é de 3,8%, ou seja, a cada 100 soteropolitanos infectados, quatro podem vir a morrer. Mesmo com os leitos criados em hotéis e hospital de campanha, além dos 25 abertos no Hospital Espanhol, o secretário municipal de saúde prevê um colapso no sistema de saúde. No final de maio, Salvador não deve ter mais leitos disponíveis nas 1.289 vagas de UTI, não só para pessoas com Covid-19, mas para qualquer tipo de doença que precise de internação .
No sábado (2), 20 leitos de UTI foram entregues no Hospital do Subúrbio. Na próxima semana, outros 20 vão ser disponibilizados no hospital Ernesto Simões. Com a abertura do hospital Santa Clara, serão 50 leitos clínicos e 9 de semi-intensiva em Salvador. Em Vitória da conquista, vão ser entregues mais 40 leitos, sendo 20 clínicos e 20 de UTI. A prefeitura de Salvador já solicitou a cotação de 4 mil caixões, além de urnas funerárias simples para tentar evitar um colapso também nos cemitérios. As famílias que já sentiram as dores de perder familiares já não estão podendo se despedir devidamente, é um enterro distante e um silencioso.
Reprodução: G1 – Bahia
Redação do LD