Bahia

Seca reduz vazão de Sobradinho ao pior nível da história

A situação é considera crítica

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A situação é considera crítica - Foto: Marcello Casal Jr. | Ag. Brasil

 

A agonia do Rio São Francisco chegou a um nível inédito. Nesta terça-feira, 1, a Agência Nacional de Águas (ANA) deu autorização para que o volume de água liberado pelas comportas do reservatório de Sobradinho (BA), seja reduzido para 700 metros cúbicos por segundo. É uma calamidade.

Desde 1979, quando os militares fecharam a barragem no rio para formar o maior lago artificial do Brasil e um dos maiores do mundo, jamais Sobradinho enfrentou situação tão crítica. Municípios de Alagoas e Sergipe, incluindo a capital Aracaju, serão obrigados a fazer obras emergenciais para aprofundar a captação de água no curso do rio, abaixo do reservatório.

A informação foi confirmada por João Henrique de Araújo Franklin Neto, diretor de operações da Chesf, estatal do Grupo Eletrobrás responsável pela gestão de Sobradinho. "Não resta outra alternativa. Por conta dessa nova redução de vazão, teremos de fazer adequações nas captações de água nesses Estados para garantir o abastecimento da população", diz.

Castigado por uma estiagem que já dura cinco anos, o reservatório de Sobradinho passará a contar com quase metade do mínimo de água que sua barragem deveria liberar, conforme critérios estabelecidos pelo Ibama e pela ANA. Em tempos normais de chuva, o reservatório de 4.214 quilômetros quadrados, equivalente a quase três vezes o de Itaipu, teria de verter o mínimo de 1.300 m³ de água por segundo. Em condição de tranquilidade, a liberação média teria de ser 2.060 m³ por segundo. [aspasolho id=15]

(A Tarde) (AF)