Bahia

Salvamar orienta sobre práticas para banho de mar seguro no feriadão

Apenas no último final de semana, a Salvamar registrou, entre resgates e afogamentos, 60 ocorrências nas praias da capital baiana

Bruno Concha/Secom
Bruno Concha/Secom

No feriado prolongado da Semana Santa, desta sexta-feira (15) até domingo (17), a expectativa é de aumento do número de frequentadores das praias de Salvador. Em função disso, a Coordenadoria de Salvamento Marítimo (Salvamar), vinculada à Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), alerta que é preciso ter atenção a algumas situações nas praias da cidade, para garantir banhos de mar com segurança e tranquilidade.

O coordenador do órgão, Alysson Carvalho, lembrou que, mesmo com os dias ensolarados que Salvador está vivenciando, as correntes marítimas são de outono e não mais de verão. A estação influencia diretamente no cuidado que os banhistas devem ter ao entrar no mar, que fica mais perigoso, para evitar afogamentos.

“É primordial procurar praias que tenham salva-vidas à disposição. Localizem e peguem informações sobre as condições do mar, pois a informação de um dia pode não servir para o outro. Há uma variação muito grande de fatores que influenciam diretamente no mar e na segurança dos banhistas, a exemplo das correntes de retorno”, explicou.

Apenas no último final de semana, a Salvamar registrou, entre resgates e afogamentos, 60 ocorrências nas praias da capital baiana. A área de atuação dos profissionais da coordenadoria compreende desde a praia de Jardim de Alah até Ipitanga.

Bebidas alcoólicas

O gestor destacou que em 90% dos casos de afogamento registrados os indivíduos estavam fazendo o uso de bebidas alcoólicas. “Quando o indivíduo bebe, perde a coordenação motora e sensibilidade. Por outro lado, aumenta a adrenalina e endorfina, proporcionando uma falsa sensação de empoderamento e trazendo reflexos negativos. Normalmente, quando a pessoa é surpreendida pelo afogamento, ela não sabe nadar ou não tem força suficiente para realizar o nado da maneira correta, que é em paralelo à corrente de retorno”, detalhou.

Quem presenciar uma situação de afogamento deve o mais breve possível acionar um profissional. Uma pessoa que não possui o preparo adequado para agir em situações de risco como esta, pode se tornar mais uma vítima.

Cuidados com as crianças 

Se for à praia com crianças, é necessária atenção extra. Para segurança, a recomendação é de que os adultos fiquem, no máximo, até dois metros de distância dos pequenos.

“Quando a criança quer buscar pelos familiares, podem acontecer duas situações: ou ela permanecer na areia para procurar os responsáveis, ou ir em direção ao mar, o que pode ser trágico e perigoso. Além disso, não se pode confiar em boias e objetos flutuantes, porque são facilmente afastados pela correnteza”, finalizou Carvalho.