O presidente da seccional Bahia da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Leandro Menezes, e o empresário Leandro Alonso, dono do “Bar do Leo”, comentaram a polêmica envolvendo a retirada das mesas de bar das calçadas de Salvador, após pedido do Ministério Público estadual (MPBA) encaminhado à Prefeitura Municipal.
O órgão deu um prazo de 60 dias para que a gestão soteropolitana apresente um plano contínuo de fiscalização do funcionamento de bares na cidade. O MP quer que ambulantes e comerciantes retirem mesas, cadeiras e barracas das calçadas, a fim de assegurar a livre circulação dos pedestres.
O objetivo é evitar que as pessoas sejam obrigadas a transitar pela rua, expondo-se a riscos de acidentes. O texto, assinado pelas promotoras de Justiça Cristina Seixas Graça e Alice Alessandra Ataide Jácome, trata especificamente de bares nos bairros da Saúde (onde está localizado o Bar do Leo), Barra, Castelo Branco, Cidade Nova, Bonfim, Liberdade e Dois de Julho.
Menezes, da Abrasel, e Alonso falaram sobre a polêmica em entrevista ao programa Pida Music, da Rádio Salvador FM, na segunda-feira (11).
“Nos causou estranheza [a recomendação do MPBA]. Não fazia muito sentido que existisse essa ação sem haver um amplo diálogo com toda a sociedade envolvida na questão, ainda mais da forma como foi, direcionada para alguns bares e restaurantes, e não para a cidade como um todo. O papel de um representante da sociedade, seja um Ministério Público, de uma associação de classe é sempre convidar todos os atores envolvidos e partir para um amplo debate, entendendo o que precisa ser feito em prol da cidade, não em prol só de um lado ou de outro”, criticou o presidente da Abrasel.
“Minha família tem aquele bar desde 1910. Eu praticamente cresci e construí a vida atrás daquele balcão. Eu garanto que nós temos mais de 90% de aprovação junto à comunidade. Hoje todo mundo sabe que eu me tornei uma espécie de líder comunitário, juntos a outros donos de bares e mudamos a realidade dessa comunidade”, afirmou Leandro Alonso.
“O que está acontecendo, e é o que muita gente não sabe, esse fato junto ao Ministério Público não vem de agora. Não é por causa do ‘boom’ do estabelecimento, mas é algo de muito tempo atrás, de uma família que é ligada a um determinado político, e eles queriam ser a voz dessa comunidade. É uma questão política”, disparou o empresário.
Confira na íntegra a entrevista com Leandro Menezes e Leandro Alonso no programa Pida Music, da Rádio Salvador FM, clicando no player abaixo:
