Um levantamento realizado pela Integra, consórcio que administra as empresas de ônibus de Salvador, a pedido da Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob), aponta que no primeiro semestre de 2023, houve um aumento de 35% no número de ocorrências de vandalismo nos ônibus da capital baiana em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 303 ocorrências contra 224 no ano anterior, o que representa uma média de 1,68 casos por dia.
Para o secretário de Mobilidade, Fabrizzio Muller, esses atos praticados prejudicam o sistema como um todo. "As ocorrências de vandalismo impactam no aumento do custo operacional do serviço de ônibus com as despesas decorrentes dos reparos e mais tempo de espera nos pontos. Ou seja, menos vandalismo significa mais viagens oferecidas", afirmou.
Outro fator que chama a atenção é o tempo que os coletivos ficam fora de operação sendo consertados. O levantamento aponta que entre janeiro e junho de 2023, foi necessário gastar 256 horas para reparar os coletivos, o que equivale a 11 dias. Em 2022, o tempo foi de 201 horas, o que corresponde a um aumento de 31% no tempo para a manutenção dos coletivos.
Ônibus queimados
Entre os tipos de atos de vandalismo praticados contra ônibus está a queima de veículos. Quando coletivos são incendiados eles não retornam para a operação. Com isso, a população passa a ficar com um veículo a menos na linha em questão e consequentemente o tempo de espera se torna maior. Em 2023, dois ônibus foram incendiados. "É uma atitude lamentável, um ato de vandalismo que só traz prejuízos à população", concluiu o secretário.