Bahia

Salva-vidas protestam contra prefeito de Salvador e perigo aumenta nas praias

Após decisão tomada na assembleia realizada na sexta-feira (17), na Praça Municipal, a categoria resolveu que durante esse final de semana somente serão realizados serviços internos e atendimentos de emergência

Divulgação
Divulgação

Inconformados com o prejuízo operacional causado pela estrutura precarizada e a omissão da chefia do salvamento em prover o órgão do aparato suficiente para atuar na orla da cidade, os salva-vidas ampliaram a mobilização no final de semana para cobrar providências ao prefeito de Salvador. 

Após decisão tomada na assembleia realizada na sexta-feira (17), na Praça Municipal, a categoria resolveu que durante esse final de semana somente serão realizados serviços internos e atendimentos de emergência. Sem a abertura dos postos de trabalho na orla marítima, os salva-vidas permanecem  na sede da Salvamar, em Patamares. 

Segundo o diretor do Sindicato dos Servidores da Prefeitura, Pedro Barretto, a decisão do prefeito Bruno Reis em liberar o acesso às praias, não trouxe com esta, o devido oferecimento de equipamentos, insumos, veículos e mirantes em bom estado de conservação e uso para esses profissionais que atuam em parte da extensão da orla marítima da capital baiana. "O prefeito  tem feito a abertura das praias e deixado os salva-vidas sem qualquer estrutura para atuar na defesa da vida dos banhistas. Nossos mirantes são locais fétidos e insalubres. Nosso fardamento é insuficiente. Os equipamentos são precários e os veículos são sucateados. Isso sem contar com a inabilidade gerencial da chefia de busca e salvamento. Nós estamos salvando as vítimas e também socorrendo a Salvamar", afirmou Barreto.

Efetivo deficitário – Outro tema que integra a pauta dos agentes de salvamento aquático é a convocação dos salva-vidas aprovados no último concurso que aguardam o urgente chamado para suprir parte da carência de efetivo da Salvamar para atender aos banhistas. Vários trechos da orla de Salvador ficam sem a cobertura por conta da falta de profissionais para atender a população. Exemplo disso é a região da Cidade Baixa que tem grande extensão e alta procura, mas que não tem atendimento por conta da insuficiência de trabalhadores, equipamentos e veículos. "A cidade corre perigo com a pandemia e o risco de afogamento. O prefeito de Salvador abre as praias sem planejamento operacional. A  população vai buscar essa forma de lazer e nós somos lançados ao alto fluxo sem efetivo suficiente. Quem vai para o mar na Cidade Baixa corre ainda mais riscos", concluiu Barreto.