Bahia

Salva-vidas denunciam condições precárias em postos de salvamento nas praias de Itapuã e Piatã

Denúncia revela situação dos postos de Itapuã e Piatã.

Pietro Baddini/Salvador FM
Pietro Baddini/Salvador FM

A falta de manutenção nas estruturas utilizadas por salva-vidas nas praias de Itapuã e Piatã, em Salvador, está preocupando profissionais. Em entrevista ao PORTAL SALVADOR FM, na manhã desta quarta-feira (11), o diretor de Comunicação da Associação Baiana de Salvamento Aquático (Abasa) e do Sindicato dos Servidores da Prefeitura do Salvador (Sindseps), Pedro Barreto, denunciou as condições de trabalho.

"Os postos de trabalho não têm a mínima condição. Você imagina um profissional passar 10 horas de frente ao mar sem acesso a banheiro, sem acesso a um local digno para se alimentar, disputando muitas vezes a sua quentinha com o pombo, quando sai para fazer um salvamento, porque não tem substituição, não tem horário de almoço, ele sai para fazer um salvamento e larga sua quentinha, quando volta estão lá pombos comendo a sua refeição e ele não pode mais nem sequer se alimentar", disse Barreto.

O diretor do Sindseps reclama ainda da falta de contratação de novos profissionais, o que, segundo ele, tem prejudicado a aposentadoria de salva-vidas dos antigos trabalhadores.

"Precisamos dar uma aposentadoria digna a guerreiros aí que salvaram vidas por 40, 45 anos e que tem seus processos de aposentadoria muitas vezes com a lentidão que a gente não consegue entender. Além disso, precisamos de concurso público para repor as mais de 50 vagas em aberto que o quadro já defasado do Salvamar apresenta, e para repor também esses guerreiros que precisam ser aposentados. Não dá mais para a gente ter salva-vidas com 60 anos cuidando da orla de Salvador", criticou.

O PORTAL SALVADOR FM tentou contato com a Salvamar e com a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), mas até o momento, não obteve retorno.

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