O Governador admitiu estar surpreso com a repercussão do fechamento do Colégio Estadual Odorico Tavares, que vem sofrendo com a perda de alunos a cada ano, chegando a cerca de 300 estudantes matriculados em 2019, quando tinha capacidade para mais de 3 mil.
“Eu penso que equipamentos de qualidade podem e devem estar onde o povo mora. Na polêmica, fico do lado do povo, de onde eu vim. A escola serve de referência não somente para aprendizado stricto sensu, serve para a prática cultural. Um equipamento educacional em comunidade pobre tem uma função social extraordinária porque vai ser usado nos 365 dias no ano, não apenas nos dias que tiver aula. Salvador praticamente não tem equipamento de convivência social nas comunidades pobres”, afirmou durante a entrevista.
Quanto ao colégio situado no bairro nobre da Vitória, Rui solidarizou-se com os ex-alunos, mas deu a decisão como irreversível em prol de melhorias: “A minha sensibilidade maior é com quem estudou lá, que tem memória afetiva com a escola. Naquele local, nem escola particular tem porque não tem demanda pra isto. Respeito quem pensa diferente, mas não posso fabricar dinheiro. Nós vamos vender não somente este imóvel, mas outros também pra construir mais escolas”.
Ainda durante a participação ao vivo, o governador informou que, nesta semana, publica licitações para construção de novas escolas. Bairros como Lobato, Paripe, Cabula (Estrada das Barreiras), São Cristóvão, Pau da Lima, Imbuí, Fazenda Grande do Retiro e Vila Canária serão beneficiadas com novos colégios, além de diversas unidades no interior e região metropolitana, a exemplo de Teixeira de Freitas, Candeias, Lauro de Freitas e a comunidade quilombola de Laje dos Negros, em Campo Formoso, que já será inaugurada em março do presente ano.
Segundo Rui, até o fim do segundo mandato (2022), serão mais 60 escolas completas, com 35 salas de aula climatizadas, quadra cobertura, biblioteca, piscina, teatro e refeitório.
Secom – Governo da Bahia // Itatiaia Fernandes