O futebol de 5 da Bahia terá o apoio financeiro ampliado pelo Governo do Estado. Por meio do Programa Bolsa Esporte, atletas do Instituto de Cegos da Bahia (ICB) passarão a receber o auxílio para treinamento e participação em competições regionais, nacionais e internacionais. O anúncio foi feito pelo governador Rui Costa na tarde desta quarta-feira (21), durante evento de homenagem aos tetracampeões paralímpicos da modalidade, Jéferson Gonçalves (Jefinho) e Cássio Lopes, na sede da Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB).
De acordo com Rui Costa, a ampliação do programa é uma maneira de fomentar o esporte no estado, dando condições a um número cada vez maior de atletas de alcançarem resultados significativos na modalidade. “Eles são exemplos para a vida de cada um de nós. O que precisamos é reproduzir exemplos bons para serem seguidos. A equipe do Instituto de Cegos da Bahia com muito esforço chegou a ser hexacampeã brasileira. Ela é merecedora de um maior incentivo. Vamos em busca do hepta”, declarou o governador.
Assim como os medalhistas olímpicos Jefinho e Cássio Lopes, que jogam pelo ICB, outros nove jogadores do Instituto terão apoio financeiro por parte do Estado. Para o atacante Selmir Nascimento, de 38 anos, o patrocínio do Bolsa Esporte renova a esperança de quem vive do futebol de 5. “A gente se enche de forças novamente para continuar o treinamento e lutando pelos nossos sonhos”, afirma o atleta.
Conquista e homenagem
O futebol de 5 brasileiro fez valer o favoritismo ao conquistar o tetracampeonato nas Paralimpíadas Rio 2016. Nesta quarta, os baianos Jefinho e Cássio Lopes receberam das mãos do governador Rui Costa placas de honra pelo triunfo, junto à seleção brasileira.
“Para mim, como atleta e baiano, é uma honra ser reconhecido. Essa é uma das sensações boas depois de uma conquista. A gente chegar em casa e ser recebido pelo governo como campeão é maravilhoso”, afirma o atacante Jefinho, melhor jogador do mundo de futebol de 5 em 2010.
O também medalhista Cássio Lopes reconhece a importância da homenagem para a consolidação da sua imagem como referência de luta e dedicação. O zagueiro que perdeu a visão aos 14 anos não desistiu de brilhar. “Não apenas dentro das quatro linhas, mas na vida também, tudo o que faço tento dar exemplo. Acredito que desta forma eu consiga plantar uma sementinha boa na vida de muitas pessoas”, revelou o atleta.
Reprodução: Secom