Bahia

Rodoviários fazem nova reunião hoje (14) com empresários, para evitar greve geral na quinta

Reunião de conciliação, nessa terça (14), tentará evitar a paralisação

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A greve de ônibus em Salvador começa já nos primeiros minutos dessa quinta-feira (16). A informação foi confirmada pelo vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários da Bahia, Fábio Primo.

"Toda a categoria vai parar por tempo indeterminado". Como é obrigatório que a população seja informada da paralisação com 72 horas de antecedência, um comunicado foi publicado em um jornal da capital nas edições de sábado (11) e domingo (12).

De acordo com o assessor de relações de trabalho do Consórcio Integra, Jorge Castro, para tentar evitar a greve, os empresários, que representam a classe patronal, se reunirão nessa terça-feira (14) com os rodoviários para tentar uma conciliação. O encontro será às 13h, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no bairro de Nazaré.

Durante a manhã, o prefeito ACM Neto disse que está esperançoso que haja acordo. "Eu tenho esperança que haja um entendimento entre empresário e rodoviários, de maneira que não haja greve neste ano de 2019 e que a cidade possa continuar com pleno funcionamento do serviço de transporte público", declarou.

Os rodoviários, que já haviam anunciado uma greve geral para esta semana, reivindicam aumento de 8% no salário e 15% no ticket refeição. Na última sexta-feira (10), a categoria chegou a se reunir com os empresários na Superintendência Regional do Trabalho, na Avenida Tancredo Neves, mas a proposta de 3,3% de reajuste não agradou.

Segundo informações da Integra, a frota de Salvador atualmente conta com 2,4 mil ônibus e 1,3 milhão de usuários por dia. De acordo com o sindicato, todos os 13 mil rodoviários não exercerão suas atividades até que haja um acordo.

Impasse
Na última reunião entre as partes, os rodoviários também exigiram medidas consideradas por eles como "sociais", como um ônibus para atender aos trabalhadores nos terminais de linha, diminuir o "turnão" realizado durante o plantão do final de semana, além da prioridade para contratação de profissionais advindos da escolinha do sindicato.

À época, o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Hélio Ferreira, criticou a oferta de reajuste de 3,3% dos empresários. “Os empresários querem dar 3,33%, é desrespeitoso. Isso não é um comportamento de quem tem responsabilidade social com os baianos”, declarou.

Em defesa, após a reunião, Jorge Castro disse que, desde 2013, os reajustes dos salários dos rodoviários foram superiores à inflação e à tarifa do transporte público – a situação foi agravada com a redução de passageiros.

 

Correio /// Figueiredo