Bahia

Representantes de taxistas, apps e vereador batem boca durante debate por regulamentação

A discussão girou em torno da regulamentação do serviço de apps de transporte em Salvador

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[Representantes de taxistas, apps e vereador batem boca durante debate por regulamentação]

Os ânimos de representantes dos taxistas e condutores de transporte por aplicativo se exaltaram na manhã desta quarta-feira (3), durante debate na Rádio Sociedade. A discussão girou em torno da regulamentação do serviço de apps de transporte em Salvador, que tramita na Câmara Municipal ( PLE-258/18). Ainda integraram o debate, mediado pelo apresentador Adelson Carvalho, os vereadores Hélio Ferreira (PCdoB) e Kiki Bispo (PTB), além do secretário de Mobilidade, Fábio Mota.

Segundo o titular da Semob, o objetivo da prefeitura em buscar a regulamentação dos apps é poder acompanhar o serviço que vem sendo prestado à população. O secretário elencou a necessidade de fiscalizar itens de segurança, sistema de gás, extintor e até antecedentes criminais dos condutores. "O modelo de regulamentação para os aplicativos não poderia ser diferente do que nós já temos na cidade de Salvador, seria incoerente. Por isso que esses pontos polêmicos acaloram este debate",  justificou Fábio Mota.

Representando 28 mil motoristas de transporte por apps, Átila Santana criticou Mota, classificando a justificativa como um "pseudo argumento" de modelo a ser seguido. "Me preocupa ver alguns posicionamentos, principalmente do Executivo, de forma parcial, porque estamos falando de 7 mil taxistas soteropolitanos e 28 mil motoristas por aplicativos que pagam impostos e são soteropolitanos e tem fiscalização muito pior que o táxi", disse, referindo-se ao sistema de avaliação dos próprios apps.

Após o porta-voz dos motoristas por apps alegar que alguns taxistas negam corridas de curta distância, o representante da Comissão de Taxistas, João Adorno, interviu: "Gostaria de pedir que a gente eleve o nível do debate, porque a gente está falando de coisa muito pequena e subjetiva. Acho que o companheiro Átila deveria sair desses argumentos falaciosos".

VOTAÇÃO NA CMS – As falas foram estopim para um intenso bate-boca. O vereador Kiki Bispo também elevou o tom ao sair em defesa do vereador Sidninho (Podemos), que teria mencionado uma suposta relação de alguns cadastrados no sistema por aplicativos com atividades criminosas; e da votação na CCJ, que aprovou o PL na semana passada.

A discussão girou em torno dos votos em separado no colegiado. Erroneamente, Átila afirmou que a vereadora Aladilce Souza (PCdoB) e o vereador Suíca (PT) não tinham votado o texto. “O senhor está engando e deveria se inteirar com mais propriedade da votação da Casa”, asseverou Kiki. O representante dos motoristas por apps esteve presente na reunião anterior da CCJ, quando chegou a denunciar ter sofrido agressão.  

Colocando panos quentes, o vereador Hélio Ferreira pediu que a bancada saísse do bate-boca e voltasse ao debate. O projeto de regulamentação tramita na Comissão de Finanças e Orçamento da CMS.

Bnews // AO