Cerca de 30 pessoas, entre familiares e amigos do mecânico Marcelo Araújo Melo Souza, 20 anos e da lavadeira Ana Araújo Melo Souza, 45, mortos na terça-feira (15) à noite, em Campinas de Brotas, fecharam duas faixas de uma das pistas da Avenida Bonocô para protestar contra a violência na localidade. A manifestação ocorreu após mãe e filho serem enterrados, no Cemitério Municipal de Brotas.
"O que a gente quer é justiça e chamar a atenção das autoridades para a falta de segurança. As duas pessoas que eles mataram eram pessoas de bem, trabalhadores. Precisamos de mais segurança e paz", comentou uma mulher, sem se identificar.
Os manifestantes chegaram a colocar um sofá velho na pista e pedaços de madeira e lixo, mas, após acordo com a policiais militares da 26ª Companhia Independente da PM (Brotas), decidiram não tocar fogo. Foram obstruídas duas das quatro faixas, para quem segue do Dique em direção a BR-324, na última passarela, nas imediações da Danautos.
"O que pedimos agora é justiça para que isso não aconteça com outros jovens", comentou o tio da vítima, Aílton Souza, durante o sepultamento dos corpos do sobrinho e da cunhada. As vítimas foram mortas durante um ataque na Rua Climéria Montanha, por volta das 22h de terça.
Os moradores da rua foram surpreendidos por dois homens armados. Cerca de sete pessoas estavam conversando na porta da casa do mecânico quando os bandidos mandaram que colocassem as mãos sobre a cabeça. "Eles disseram para a gente colocar as mão na cabeça e diziam que estava com uma ponto 40 (pistola). Ficamos nervosos e saímos correndo", contou uma das moradoras.
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