Os professores da rede municipal de Feira de Santana (109 km de Salvador) entraram em greve por tempo indeterminado nesta quinta-feira (11), data em que estava previsto o início das aulas. A categoria cobra à Prefeitura o pagamento da reserva de um terço da carga horária.
"A reserva é para o professor preparar as aulas, se planejar. Isso é lei", afirmou a diretora da Delegacia Sindical Sertaneja (APLB) de Feira, Marlede Oliveira em entrevista ao Acorda Cidade. Ela acusou o governo municipal de não responder aos documentos encaminhados sobre o assunto: "É um descaso. Quero apelar para o prefeito José Ronaldo para que ele seja sensível a esse momento de insatisfação dos trabalhadores".
O prefeito informou que para se aplicar a lei na cidade, é necessário contratar 610 novos professores, segundo estudo feito por uma comissão da qual a APLB também fez parte. Ele disse que a APLB precisa ter consciência do momento de crise do país e primar pelo diálogo.
"Querer cobrar a aplicação de uma lei que 99,99% do Brasil não está tendo condições de aplicar, realmente fica difícil. O Brasil tem cinco mil quinhentos e tantos municípios. Aproximadamente 10 pequenos municípios implantaram essa lei de um terço; municípios que têm duas, três ou quatro escolas. Nenhum grande município brasileiro, que me consta, aplicou, a não ser Campo Grande (MS) e Macaé (RJ)", argumentou José Ronaldo.
Na segunda-feira (15), os professores vão para a Câmara de Vereadores expressar a insatisfação da categoria.
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