A procuradora do município de Alagoinhas, cidade a cerca de 100 quilômetros de Salvador, denunciada por LGBTfobia, foi exenerada do cargo. Em áudios divulgados nas redes sociais, a mulher, que não teve a identidade revelada, se autodeclara preconceituosa, é agressiva com a filha e chega a demiti-la do estágio após a jovem assumir a sua orientação sexual.
Em nota, o Coletivo LGBTQIAPN+ de Alagoinhas parabenizou o prefeito Joaquim Neto pela exoneração da procuradora municipal após a repercussão do caso. "Valorizamos a postura assertiva em defesa dos direitos humanos e repúdio à discriminação".
O Coletivo pediu ainda que as autoridades garantam o acolhimento da jovem "assegurando-lhe abrigo, apoio psicológico, assistência médica e suporte social. É essencial que instrumentos públicos de proteção estejam prontos para amparar quem enfrenta situações tão dolorosas. O Coletivo permanece vigilante e comprometido na luta por uma sociedade mais inclusiva e justa", diz a nota.
Em áudios divulgados pela vice-presidente do Coletivo LGBTQIAPN+ de Alagoinhas, a mulher aparece insultando a filha a qual chega a chamar de "descarada" e "vagabunda" em razão da orientação sexual.
“Você está no olho da rua! Pode me denunciar, minha filha! Eu não tenho medo de denúncia não. Se vocês, sapatonas, agora, estão achando que são poderosas, problema de vocês. Eu não gosto de lésbica! Sapatona para mim não vale nada. Você é uma sapatona descarada e v*g*b*nd*”, disse a procuradora em trecho de áudio divulgado.
