Esta segunda-feira (28) é o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+ (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Transexuais ou Travestis, Queer, Intersexual, Assesexual e demais orientações sexuais e identidades de gênero). A data tem o principal objetivo de conscientizar a população sobre a importância do combate à homofobia para a construção de uma sociedade livre de preconceitos e igualitária, independente do gênero sexual.
O presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB), Marcelo Cerqueira, em entrevista ao LDNotícias, comentou sobre políticas públicas voltadas para a população LGBTQIA+. Segundo ele, o governo Bolsonaro representa um retrocesso ao público, sem ajuda financeira e com falta de planejamento. “Assim como para outros setores na sociedade”, completou Cerqueira.
Cerqueira ainda comentou sobre a importância deste dia 28 de junho e afirmou que o GGB quem introduziu as comemorações no Brasil. “Dia muito importante porque no dia 28 de junho de 1969 se deu o início do movimento no Brasil, no mundo e principalmente na América Latina. O GGB incluiu as comemorações no Brasil, o que é importantíssimo para a comunidade para que hoje tenhamos toda essa movimentação”.
Política públicas
Na Bahia, ações voltadas para a população LGBTQIA+ são coordenadas pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), através do Centro de Promoção e Defesa dos Direitos LGBT (CPDD-LGBT). Dentre as ações estão, por exemplo, orientações para a mudança do nome social.
Através das redes sociais, o Governo da Bahia publicou um vídeo com perguntas voltadas à comunidade. “Pela liberdade de ser e amar quem é, Juarez dá o recado: empatia acima de tudo! Homem gay, bacharel em Serviço Social, estudante de Ciências Sociais e artista, ele responde aquilo que é óbvio, mas que tem gente que teima em ficar batendo na mesma tecla.”
Pela liberdade de ser e amar quem é, Juarez dá o recado: empatia acima de tudo! Homem gay, bacharel em Serviço Social, estudante de Ciências Sociais e artista, ele responde aquilo que é óbvio, mas que tem gente que teima em ficar batendo na mesma tecla. pic.twitter.com/ECXnkkmfs6
— GovBa (@governodabahia) June 25, 2021
Já na prefeitura de Salvador, ações voltadas à população LGBTQIA+ são executadas pela secretaria da Reparação. Na pasta está o Núcleo de Políticas Públicas de Cidadania e Direitos de LGBT na Cidade, criado mediante o decreto 24.981/14, e que tinha como uma das finalidades a elaboração do Plano Municipal de Políticas Públicas de Cidadania e Direitos LGBT.
Nas redes sociais da prefeitura, a logo foi alterada desde a semana passada, utilizando a imagem da bandeira LGBTQIA +. Ainda está sendo realizada a Semana da Diversidade, bem como a exposição “Colorido Precioso”, com palestras sobre ginecologia para pessoas transsexuais e para terceira idade.
Respeito é essencial, já sua opinião sobre a orientação sexual e identidade de gênero não. #orgulholgbt pic.twitter.com/YK46WXCwLs
— PrefSalvador (@PrefSalvador) June 28, 2021
Hoje, que deveria ser dia de celebração da comunidade LGBTQIA+, é mais um dia para lembrar das milhares de vítimas de violência apenas por serem quem são. Neste dia 28, me solidarizo com as famílias das pessoas que tiveram o direto à vida tirado pelo preconceito. ?????????
— Bruno Reis (@brunoreisba) June 28, 2021
Origem do Dia do Orgulho LGBTQIA+
O Dia do Orgulho LGBT foi criado e celebrado em 28 de junho em homenagem a um dos episódios mais marcantes na luta da comunidade pelos seus direitos: a Rebelião de Stonewall Inn.
Em 1969, esta data marcou a revolta da comunidade contra uma série de invasões da polícia de Nova York aos bares que eram frequentados por homossexuais, que foram presos e sofreram represálias por parte das autoridades.
A partir deste acontecimento foram organizados vários protestos em favor dos direitos dos homossexuais em várias cidades norte-americanas.
A 1ª Parada do Orgulho Gay foi organizada no ano seguinte para lembrar e fortalecer o movimento de luta contra o preconceito.
A Revolta de Stonewall Inn é tida como o “marco zero” do movimento de igualdade civil dos homossexuais no século XX.
