Bahia

Presidente da UPB calcula que 60% de prefeituras podem não pagar 13° a servidores

O fato só pode ser revertido, considera Eures, caso o presidente Michel Temer cumpra a palavra e libere R$ 200 milhões para os municípios brasileiros

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Pelas contas do presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Eures Ribeiro (PSD), cerca de 60% das prefeituras baianas vão ficar sem pagar o 13° salário para os servidores municipais.

O fato só pode ser revertido, considera Eures, caso o presidente Michel Temer cumpra a palavra e libere R$ 200 milhões para os municípios brasileiros.

"Nós estamos esperando a ajuda de Temer. Se ela sair até o dia 31 vai ajudar", disse o também prefeito de Bom Jesus da Lapa, no oeste baiano, ao Bahia Notícias.

O fato em que Eures se refere ocorreu no final de novembro deste ano. Em reunião com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Temer prometeu conceder a verba, esperando apoio para a reforma da previdência, questão que será votada na Câmara em 19 de fevereiro .

Para a Bahia, são esperados cerca de R$ 200 milhões que serão repartidos pelos municípios, de acordo com o número de habitantes de cada um. "Esse aporte não é muita coisa, mas ameniza o sofrimento dos municípios. Vai ajudar a pagar muitas contas", avaliou.

Olhando para 2018, o presidente da UPB se mostra desconfiado, mas acredita que pode ser um ano chave para o país. "Eu sou muito sincero. Eu só acredito que o Brasil vá adiante com um governo forte. Isso deve ser feito nas urnas. Quem dá legitimidade é o povo.

É um ano muito importante porque a população tem que pensar bem antes de votar. O destino do Brasil está nesta eleição", avaliou. Ao BN, o presidente da UPB mostrou insatisfação quando a posição de prefeitos e vereadores de receberem 13° neste ano após liberação da Justiça. "Olha, eu fico muito triste.

A gente não pode ter dois discursos. Você não pode dizer que está em crise e receber 13°. Eu sou contra tanto à posição do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) como do Supremo Tribunal Federal (STF). Mesmo sendo legal, eu acho imoral pela época que nós estamos vivendo.

O país ainda está em crise. Reconheço que a Justiça entendeu isso, mas o tempo não nos requer essa posição. Em outro momento, a gente pode conceder esse direito", declarou ao afirmar que, em Bom Jesus da Lapa, a Câmara de Vereadores aprovou a concessão do 13° para prefeito, vereadores e secretários, mas ele vetou a medida.

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