Bahia

Prefeitura inicia implantação do BRT sem autorização do Inema e obras são paralisadas

O Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) indeferiu o pedido da prefeitura de Salvador para tamponar o Rio Camarajipe

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O Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) indeferiu o pedido da prefeitura de Salvador para tamponar o Rio Camarajipe, e negou a licença para qualquer tipo de execução de canais ou retificação de curso de água. A intervenção seria para a construção do BRT, implantando o corredor de ônibus integrado.

No parecer de indeferimento, nos dias 24/09 e 25/10 “foram realizadas inspeções para subsidiar a análise do processo de outorga para fins de canalização e tamponamento, de alguns trechos, do rio Camarajipe, visando à implantação do BRT de Salvador sobre parte do seu leito”.

“Nestas ocasiões, identificou-se que a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) possui, ao longo do trecho percorrido, pontos de captação de efluentes denominados de captação em tempo seco”, diz um trecho.

De acordo com a Embasa, “as obras do BRT podem acarretar interferências significativas no Sistema de Abastecimento de Água, bem como no Sistema de Esgotamento Sanitário de Salvador, que são serviços essenciais e básicos prestados por esta empresa à população

Segundo a Embasa,  na área de abrangência do BRT existem redes de distribuição de água potável, rede de esgotamento sanitário, captações de tempo seco, interceptor do baixo Camarajipe e o emissário terrestre do Rio Vermelho”. 

“Neste contexto, o sistema viário do BRT dificultará e inviabilizará o acesso e a manutenção adequada ao interceptor de DN 2400 que transporta 70% do esgoto coletado na cidade de Salvador.

Assim, caso haja necessidade de manutenção ou reparo o BRT poderá ser paralisado no período dos serviços e em maior gravidade poderá ser danificado ou destruído com possibilidade de causar acidentes graves.

Ao mesmo tempo, a dificuldade na manutenção/reparo do interceptor em questão poderá causar o lançamento de esgoto ‘in natura’ ao meio ambiente, provocando crime ambiental e possíveis problemas de saúde pública”, apontou.

“Além dessas interferências com os sistemas operados pela Embasa a impermeabilização e tamponamento dos rios urbanos acarretam diversos impactos ao meio ambiente, assim como a população, pois o revestimento do leito do rio impede que as águas se infiltrem no aquífero, interferindo no conforto térmico local, e na ocorrência de chuvas extremas propicia maior velocidade do escoamento superficial, podendo gerar enchentes ou pontos de alagamentos”, diz outro trecho.

 

BNotícias /// Figueiredo