A combinação mais comum na mesa dos brasileiros, arroz e feijão, está à beira de um divórcio. O rompimento, constatam os consumidores, é culpa do arroz, que aumentou 9,05% apenas no mês de agosto aqui na Bahia – a alta anual (janeiro a agosto) é de 22,5%, segundo a última pesquisa sobre a variação do custo da cesta básica feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Se antes o valor do arroz nas prateleiras era, em média, R$ 2,50/kg, agora os baianos têm de desembolsar entre R$ 3,69 e R$ 6,00 pela mesma quantidade. Se for integral, piorou: a reportagem do jornal Correiro 24h encontrou pacote de R$ 7,98/kg em um supermercado da Pituba. O aumento do cereal também foi visto em outras 15 das 17 capitais do Brasil analisadas pelo Dieese.
E é difícil mesmo notar que feijão e arroz podem não dividir mais a mesma gôndola ou corredor do supermercado. O estudo do Dieese mostra crescimento nos preços de outros seis alimentos no mês passado: banana (18,87%), leite e óleo (10,21%), carne bovina (7,40%), pão francês (9,78%), café (2,31%) e manteiga (0,26%). Por conta desses principais vilões, Salvador foi a capital brasileira onde a cesta básica mais subiu este ano, alta de 16,15% acumulada em 8 meses.
Reprodução C24h // IF