O desabamento de parte da ponte de acesso de embarcações que fazem a travessia entre São Tomé de Paripe e a Ilha de Maré, na manhã deste sábado (4), provocou um jogo de empurra entre prefeitura de Salvador e Governo do Estado.
Após tomar conhecimento do desabamento, a prefeitura, inicialmente publicou em um comentário em uma das redes sociais, que "o Terminal Marítimo de São Tomé de Paripe é responsabilidade do governo do Estado, através da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba). O terminal que é de responsabilidade da Prefeitura (Ribeira-Plataforma) já está passando por requalificação".
A Secretaria de Infraestrutura do Estado da Bahia (Seinfra), também emitiu nota nas redes sociais informando que "o atracadouro de São Tomé de Paripe, em Salvador, está sob responsabilidade do Governo do Estado, através da Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra). O terminal passará por recuperação e a empresa já foi contratada para a realização dos serviços. A empresa está aguardando à emissão do alvaria de licença ambiental e de reforma pela Prefeitura de Salvador, através da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), para iniciar a execução dos serviços".
No entanto, na tarde de hoje (4), a Prefeitura emitiu uma nova nota, esclarecendo que "mesmo não sendo a responsável pela administração do atracadouro de São Tomé de Paripe, lamenta o ocorrido e informa que tem acompanhado a situação do equipamento, estando sempre à disposição para auxiliar, dentro da competência municipal, para a resolução do problema".
Um trecho da nota afirma ainda que a gestão municipal aguarda resolução das "pendências", por parte do Estado. "A Tecnocret Engenharia Ltda, responsável pela obra de recuperação do atracadouro, deu entrada no processo para a execução das intervenções, junto à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur), no dia 23/07/2021. Quatro dias depois (27/07/2021), após análise realizada pelos técnicos do órgão, a secretaria solicitou alguns documentos que, até o momento, não foram apresentados pela empresa. A Sedur ressalta que o processo foi analisado com celeridade e aguarda apenas que as pendências sejam sanadas, por parte da empresa/governo estadual, para que haja o prosseguimento do processo".
"Mais recentemente, no dia 11 de novembro passado, a Defesa Civil de Salvador (Codesal) fez uma vistoria no local e, através da avaliação técnica que constatou os sérios riscos causados pela falta de manutenção, foi informada a situação à Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) e à Secretaria de Infraestrutura do Governo do Estado da Bahia (Seinfra), para a tomada das providências necessárias acerca dos riscos encontrados, com o objetivo principal de garantir a segurança civil e preservação da vida dos cidadãos", diz o restante da nota.
A Seinfra ainda não se reposicionou.