Policiais civis de Itabuna, no sul do estado, cumprem nesta quinta-feira (3) mandados de busca e apreensão contra uma empresa acusada de cometer pirâmide financeira, fato que faz lembrar a Telexfree. A prática é enquadrada como crime contra a economia popular por permitir ganhos ilícitos “em detrimento do povo ou de número indeterminado de pessoas mediante especulações ou processos fraudulentos”, conforme a Lei n° 1.521.
Segundo informações da Polícia Civil de Itabuna, são cumpridos nove mandados de busca e apreensão em escritórios da empresa D9. Durante o cumprimento dos mandados podem haver prisões, se ocorrerem flagrantes. As ações tiveram início a partir das 7h.
Empresa americana fundada em 2002, a Telexfree tem se tornado uma febre por prometer enriquecimento rápido para os que se associarem, fizerem publicidade e prospectarem novos “divulgadores” para a marca. No entanto, órgãos públicos desconfiaram que se tratava do esquema de pirâmide e a Telexfree tornou-se alvo de investigações pelos Ministérios Públicos de quatro estados (AC, BA, ES e MT), além do Procon-PE. O método consiste em um negócio que oferece chances milagrosas de lucro – desde que o interessado invista uma quantia no empreendimento e traga outras pessoas para participar. O sistema é considerado insustentável e funciona à base de novos investidores. Os primeiros envolvidos investem e conseguem lucrar ao recrutar outros participantes. No entanto, quanto maior o alcance da pirâmide, menos sustentável ela fica, pois depende dos investimentos posteriores. Sem novas aplicações, a grande parcela dos envolvidos fica no prejuízo. Apesar de a Telexfree ser novidade, quase metade da população do município de Maragojipe, no Recôncavo baiano, já foi prejudicada em 2009 com o sistema de pirâmide, na época chamado de Caixa Cooperativa.
Reprodução: Bahia Notícias