Bahia

PF cumpre mandados em prédio de luxo na BA na 35ª fase da Lava Jato

Cinco mandados foram cumpridos em Salvador e Camaçari nesta segunda

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A Polícia Federal cumpriu três mandados de busca e apreensão e dois de condução coercitiva, nesta segunda-feira (26), na Bahia, na 35ª fase da Operação Lava Jato, batizada de "Omertà". A ação também cumpriu mandados em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.

Na Bahia, foram dois mandados de busca e apreensão e um mandado de condução coercitiva em Salvador e um mandado de busca e apreensão e um de condução coercitiva em Camaçari, na região metropolitana.

Na capital baiana, os mandados foram cumpridos nos bairros do Stiep, e Horto Florestal, área nobre da cidade.

Os agentes estiveram em um condomínio de luxo no Horto durante cerca de três horas na manhã desta segunda. Eles saíram por volta de 9h20 do local, onde apreenderam malotes e documentos.

A PF não informou os nomes dos alvos da operação. Segundo a Receita Federal, que participa da operação, em Salvador, dois mandados foram cumpridos na residência e na empresa de engenharia de propriedade do alvo de condução coercitiva. Outro mandado foi cumprido na casa de praia do mesmo empresário, em Camaçari.

A 35ª fase da Lava Jato prendeu o ex-ministro Antonio Palocci em São Paulo, nesta segunda-feira. Segundo a investigação da PF, o ex-ministro negociava propinas pagas pelo grupo Odebrecht de 2006 até novembro de 2013, mesmo quando já não tinha nenhum cargo político.

Na ação "Omertà", foram expedidos um total 45 mandados judiciais, sendo 27 de busca e apreensão, três de prisão temporária e 15 de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada para prestar depoimento.

São apuradas as práticas, dentre outros crimes, de corrupção, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

O nome "Omertá", dado à investigação policial, é uma referência a origem italiana do codinome que a construtora usava para fazer referência a Palocci, chamado de "italiano", assim como ao voto de silêncio que imperava no Grupo Odebrecht que, ao ser quebrado por integrantes do "setor de operações estruturadas" permitiu o aprofundamento das investigações.

Reprodução/G1