Bahia

PF achou digitais de assessor de irmão de Geddel em 'bunker' com R$ 51 milhões

Dono do imóvel em que estava o dinheiro confirmou ter emprestado a chave a Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA)

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A Polícia Federal achou digitais de Job Ribeiro Brandão, secretário parlamentar lotado no gabinete do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), nos R$ 51 milhões encontrados em um apartamento ligado ao ex-ministro da Secretaria de Governo e irmão do peemedebista, Geddel Vieira Lima. Na manhã desta segunda-feira, a PF faz uma operação de busca e apreensão no gabinete do deputado na Câmara e Brandão também é um dos alvos. A ação tem relação com o 'bunker' descoberto em julho. Antes disso, foram identificadas também as digitais de Geddel, que está preso desde então, e do ex-diretor-geral da Defesa Civil, Gustavo Ferraz.

Os policiais interditaram o acesso ao sexto andar do anexo IV da Câmara dos Deputados para realizar a ação pedida pela Procuradoria-Geral da República e autorizada pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). Esta é a primeira determinação da procuradora Raquel Dodge contra um parlamentar envolvido em escândalo de corrupção. Vinculado à Câmara desde 2010, Brandão tem salário de R$ 14,3 mil, segundo informações do Portal de Transparência da casa legislativa.

CHAVES DO APARTAMENTO

Outros indícios também ligam Lúcio Vieira Lima ao 'banker' como o depoimento do Sílvio Silveira, dono do imóvel em que estava o dinheiro. Ele confirmou ter emprestado o apartamento ao irmão de Geddel em 2016 e ter entregue a chave ele.

Na mesma data, Patrícia Santos Queiros, administradora do condomínio onde fica o apartamento, relatou à PF "que Sílvio tem alguma relação com os irmãos não sabendo se apenas profissional ou de amizade, que o que já viu foi Sílvio ligandoi para os irmãos para, por exemplo, pedir que vias sejam pavimentadas em acessos a empreendimentos que as empresas do grupo do qual Silvio faz parte fizeram a construção". Patrícia contou ainda que pelo que sabe não havia "qualquer tipo de cobrança de aluguel pelo empréstimo do imóvel". Outro documento que liga Lúcio ao imóvel é uma fatura em nome de Marinalva Teixeira de Jesus, empregada doméstica dele, encontrada no apartamento onde o dinheiro estava guardado.

Reprodução: O Globo