Bahia

Pesquisa estuda uso de casca de mandioca para substituir gás de cozinha

O estudo é feito pelo programa de mestrado da Universidade Estadual da Bahia (Uesb)

Reprodução / Uesb
Reprodução / Uesb

Um estudo realizado por Dayane Silva, mestre em Engenharia e Ciências de Alimentos da Uneb, pelo programa de mestrado da Universidade Estadual da Bahia (Uesb), em Itapetinga, analisa o uso da casca de mandioca como combustível, para substituir o gás de cozinha.
 
“Estudo sob o ponto de vista da obtenção de biogás e biofertilizante, por meio do reaproveitamento da casca da mandioca, que, na maioria das vezes, é descartada de forma incorreta”, explica Silva. Segundo a pesquisadora, grandes quantidades de resíduos sólidos e líquidos não são aproveitados. Um dos exemplos mal-aproveitados é a da mandioca.
 
Através da pesquisa,foi avaliado a influência da fermentação, ao utilizar um fungo na casca de mandioca como pré-tratamento biológico na produção e composição do biogás. Ao final, os resultados indicaram uma produção de gás de forma mais rápida, em maior volume e com maior concentração de metano. A pesquisadora conta que a principal intenção é usar o biogás para substituir os gases de origem mineral, como o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), usado como gás de cozinha.
 
Ainda segundo a pesquisa, ao considerar que os reajustes no valor do gás de cozinha têm afetado o orçamento doméstico de 98% das famílias brasileiras, visto que, entre março de 2020 a abril deste ano foram realizados 17 reajustes consecutivos, ter um combustível alternativo e sustentável é de suma importância.
 
Além de substituir o gás de cozinha, o biogás pode ser utilizado para geração de energia elétrica; ou pode ser queimado, gerando calor para caldeiras, fornos, fogões ou outros sistemas.
 
“Como consequência, há uma redução do consumo de energia elétrica, gás de cozinha, lenha ou outras fontes de energia. Essa economia é sentida claramente no bolso de empresas e agricultores”, destaca o professor Nívio Batista Santana, vinculado ao Departamento de Tecnologia Rural e Animal e ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciências de Alimentos da Uneb.