Mais de 2.500 trabalhadores informais da Ceasa de Simões Filho podem ficar sem nenhum tipo de renda após a requalificação do equipamento, que será realizada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia (SDE). O vereador de Salvador Emerson Penalva (Podemos) se solidarizou com os trabalhadores que alegam não saberem para onde devem ir após a concessão do equipamento.
De acordo com a SDE “a concessão pública será por um período de 35 anos, e prevê que o futuro concessionário ficará responsável por construir quatro novos galpões, uma praça de alimentação, um prédio logístico de funcionários, um novo frigorífico, reforma dos cinco galpões, ampliação da área de carga e descarga, implantação de estacionamentos e área de convivência”.
Contudo, o presidente da Associação Beneficente do Bairro Nova Esperança, Osvaldo Santos, procurou o vereador Emerson Penalva para pedir ajuda para os informais. Segundo ele, o governo do estado não conversou com a população do entorno para saber o impacto. “Não houve cadastramento até o momento e nem garantia que eles vão continuar lá depois da concessão e faltando poucos dias da apresentação do edital convidaram para participar de uma audiência pública, onde os informais não estão inseridos no projeto”.
Para Penalva essa é uma situação absurda. “Nos dias atuais, em tempos de pandemia, com quase 15 milhões de brasileiros desempregados, o trabalho informal na Ceasa é a única garantia de sustento para essas famílias. Sei que o governo do estado não fará nenhum ato irracional e conto com a sensibilidade do governador para que essas famílias não sejam jogadas ao léu. Estou ao lado dos mais de 2.500 trabalhadores informais da Ceasa de Simões Filho”, defendeu Penalva.
A licitação está prevista para ocorrer ainda este ano.