Os taxistas que circulam na capital baiana deverão recusar o reajuste anual pelo terceiro ano consecutivo, conforme afirma o presidente da Associação Metropolitana dos Taxistas (AMT), Valdeilson Miguel.
O último aumento da tarifa de táxis ocorreu em janeiro de 2016, quando o reajuste de 10,48% foi aprovado e a bandeirada passou de R$ 4,35 para R$ 4,81. A medida segue cidades como Fortaleza, Brasília e São Paulo.
“Nem pensar em reajuste. Aí a categoria fica mais prejudicadas. Há, claro, taxistas que querem reajuste, que não caíram na realidade e não entendem as questões de mudanças com a evolução e chegada desses aplicativos. Mas a decisão da maioria deverá por não escolher o reajuste. No Brasil todo não se fala de reajuste de táxi”, afirma.
Conforme ele informou ao bahia.ba, uma enquete deverá ser feita para que a decisão da maioria seja acolhida. A data base da categoria vence em janeiro.
O taxista Amilton Fontes, 49, é um dos que concordam com a análise do presidente da AMT. “Já está difícil, se aumentar seremos quebrados. Eu já penso em fazer promoção ao invés de cobrar bandeira 2 em dezembro. Então não sou a favor do reajuste”, disse.
Já para o taxista Manoel Galenno, 58, abrir mão do aumento seria injusto. “Dizem que é um tiro no pé por causa da concorrência desleal dos aplicativos, mas precisamos voltar a lucrar. A categoria só tem perdido espaço, perdido dinheiro. Está difícil trabalhar”, conta o motorista, que está há mais de 27 anos na profissão.
Bahhiabba// Figueiredo