Bahia

Para Souto, driblar a crise é "não gastar mais do que arrecada"

Souto destacou as dificuldades enfrentadas pelas prefeituras das principais capitais

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Para Souto, driblar a crise é O Secretário da Fazenda do Município, Paulo Souto, foi entrevistado na Rádio Metrópole, na manhã desta quarta-feira (16) e comentou a crise financeira do país. Souto destacou as dificuldades enfrentadas pelas prefeituras das principais capitais e disse que a chave para driblar a crise seria "fazer o orçamento e não se gastar mais do que se arrecada".

“Têm algumas coisas que aconteceram no Rio de Janeiro. Um dos problemas que o Rio está enfrentado, o da previdência, atinge todo o setor público brasileiro. Eles tinham uma arrecadação de royalties, mas no momento que ela falta, é um problema. Com a crise no petróleo, na falta do royaltie, isso bateu forte, desequilibrou tudo. Também houve problemas de gestão que afetaram o Rio. As receitas extraordinárias resolvem o problema na hora, mas depois não funciona e não resolveu o problema estrutural. O problema estrutural é uma problema derivado da arrecadação, que não é equânime. Nós não podemos negar que depois da constituição de 1988 tiveram uma enorme responsabilidade com gastos que não eram da suas alçadas”, disse o secretário. 

Souto questionou o compromisso das prefeituras com gastos que acabam ultrapassando o orçamento, para atender a demanda da população e correm o risco de gastar mais do que o que arrecada. “Muitas coisas da saúde, educação, ficaram sob responsabilidade dos municípios e os recursos que o governo repassa não são suficientes. Você imagine que um prefeito não pode adotar uma solução do tipo, vou diminuir o número de postos de saúde, fechar escolas, não pode. Pegue a Europa, onde há uma alternância de governo, já há algum tempo que o tipo de orientação fiscal é o mesmo. Fazer o orçamento e não se gastar mais do que se arrecada. As medidas que o governo federal está tomando é por causa dos gastos excessivos, principalmente nos anos de 2013, 2014 e 2015. Isso refletiu no dia a dia e reduziu investimento”, pontuou. 

Reprodução: Metro 1