Bahia

Para não perder clientes, taxistas de Salvador recusam reajuste de tarifa

Aumento seria de 7%; categoria aponta que redução de clientela foi de 40%.

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Fila de táxi no Campo da Pólvora, em Salvador (Foto: Alan Tiago Alves/G1)Depois de dispensar a bandeira 2 no mês de dezembro, os taxistas de Salvador recusaram pela primeira vez o reajuste anual da tarifa, que seria de 7% este ano. A intenção, segundo relata a categoria, é evitar uma redução ainda maior na clientela, que já caiu 40%.

Com a decisão, a bandeirada continua R$ 4,81. O valor do quilômetro rodado também está mantido: R$ 2,42 na bandeira 1 e R$ 3,38 na bandeira 2.

A vice presidente do sindicato dos taxistas, Roseli de Abreu, conta que os taxistas fizeram um abaixo-assinado e a maioria optou pelo congelamento da tarifa. Após a decisão, enviaram um ofício com a solicitação para a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob).

"Fizemos uma pesquisa nos pontos, fomos procurados por vários taxistas pessoalmente e por telefone também. Depois disso, fizemos um abaixo-assinado para termos certeza que a categoria era contra o aumento", explicou Roseli.

O secretário da Semob, Fábio Mota, também falou sobre a porcentagem do reajuste. "Existe um regulamento de táxi que define que o reajuste do táxi é de acordo com o IPCA, e que seria no mês de janeiro de cada ano. [O aumento] seria em torno de 7%, que é o índice inflacionário corrigido pelo IPCA", explicou Mota.

O ato dos motoristas de táxi é uma forma de recuperar a clientela, pois segundo relatam, a procura por táxis caiu desde o surgimento do Uber na capital baiana. "Não tem como aumentar, tem que ficar [o valor] como estar. Eu mesmo não prefiro o aumento" disse o taxista, João Batista.

Reprodução/G1