O ouvinte Nelson, residente no bairro do Uruguai, na cidade Baixa, fez uma denúncia altamente consistente no programa Ligação Direta da Nova Salvador FM desta quinta-feira,4,embora não saiba o que efetivamente se passa por traz da sua denúncia.
A sua indignação foi porque, ontem, por volta das 7:45 ao passar pela Fonte Nova, na pista que dá acesso ao Bonocô, bastante larga, 6 guinchos da Transalvador, mas que na realidade são da Empresa Rodando Legal, estavam rebocando todos os veículos ali estacionados, e repito, numa área sem causar nenhum transtorno ao trânsito.
Para que possa atender a Rodando Legal, a Transalvador estaria usando da estratégia de colocar placas de proibido estacionar em locais sem a menor necessidade para que a infração seja cometida e então o veículo seja rebocado.
Tal situação tem acontecido na Silveira Martins, no Cabula, em frente ao Bom Preço sentido Uneb. Dias após o Carnaval, agentes da Transalvador saíram “caçando” veículos para rebocar e chegaram na rua Marechal Floriano no Canela. Desta ação do Canela tenho provas.
Entretanto, dezenas de ouvintes têm denunciado veículos estacionados indevidamente nos bairros de Nordeste de Amaralina, mais precisamente no Vale das Pedrinhas, no entanto, a Transalvador não tem coragem de ir lá
Para que os leitores do Site LD Notícias tenham uma noção do que está acontecendo com a Transalvador, vou transcrever uma matéria publicada pelo site Metro 1 em 6 de outubro de 2016, e após a leitura tirem suas conclusões. Mas asseguro que ainda vou voltar ao assunto.
Rodando Legal ganha por produtividade ao guinchar e recolher carros em Salvador
No dia 4 de março de 2015, a Superintendência de Trânsito e Transporte de Salvador (Transalvador) anunciou a empresa carioca Rodando Legal como vencedora da licitação que determinou uma nova operadora para os serviços de gestão de pátio e guinchos na cidade.
Desde então, cabe à empresa remover e guardar veículos de infratores, assim como organizar leilões de carros apreendidos — o que, segundo Fabrizzio Muller, superintendente da Transalvador, é “uma tendência no Brasil”. Com prazo de 60 meses, o contrato tem o valor de R$ 50.457.098,37.
85% do valor direto para a empresa
Funciona basicamente assim: se o seu carro foi guinchado, passou dois dias no pátio e resultou e gerou um encargo de R$ 408,23 – R$ 309,27 do guincho e R$ 49,48 por dia de estada – 85% deste valor, ou seja, cerca de R$ 347 vão diretamente para a Rodando Legal, caso o veículo seja levado para um dos dois pátios da empresa em Salvador.
Segundo a Transalvador, se o veículo for para os Barris – único espaço operado pela Prefeitura – 100% do valor arrecadado é destinado ao município. Mas por que a Rodando Legal levaria o veículo guinchado para o pátio em que ela não recebe nada?
Critério é proximidade, mas…
A Transalvador administra o pátio dos Barris e a Rodando Legal, dois outros — em Mussurunga e na Av. Vasco da Gama. Segundo Muller, o pátio a que o veículo será levado é escolhido por proximidade da infração: “No aeroporto, normalmente vai para Mussurunga; se for perto do Centro, para os Barris”.
Mas Fabrízzio afirma que a Transalvador possui o “menor pátio” dos três. Portanto, não é improvável que a Rodando Legal se aproveite disso: “Muitas vezes tem limitação de espaço. Pode ser que um carro removido no Centro, em determinado dia, o pátio estava cheio e optamos em mandá-lo para a Vasco da Gama”.
Esquema de punição pronto. A orientação não
O professor Alexandre Oliva ficou surpreendido ao deparar com uma fila de guinchos na região da Arena Fonte Nova no dia 17 de setembro, quando o Bahia jogava contra o Goiás. “Tava cheio de guincho. Mas não tinha nenhum agente indicando onde poderia ou não estacionar, onde a gente poderia achar vaga. Nada”, disse. De acordo com os dados da Transalvador, somente até o dia 16 de setembro, 17.220 veículos foram “removidos, apreendidos ou retidos” das ruas da capital.
Rodando legal silencia
Segundo Fabrizzio Muller, os valores cobrados pelo serviço de guincho e de guarda dos veículos apreendidos não foram alterados para atender a interesses da Rodando Legal. “São reajustados anualmente pelo IPCA, mas são valores oficiais, não foram criados para a empresa. Já eram praticados pelo próprio órgão, e a licitação foi em cima dos números oficiais”, explicou. Procurada pela Metrópole inúmeras vezes, os representantes da empresa Rodando Legal não atenderam as ligações e nem responderam o contato via email feito pela reportagem.
Por Alberval Figueiredo
Jornalista
DRT-Jornalista 988
DRT-Radialista 895