Bahia

Operação Apólogo tem um foragido; delegado detalha investigação

Conforme apurado, o grupo criminoso (que atuava pelo menos desde 2017) criava pessoas fictícias, mediante documentos falsos

Divulgação
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A Operação Apólogo, deflagrada nesta quinta-feira (19) pela Polícia Federal, cumpriu cinco dos seis mandados de prisão determinados pela Justiça. Um alvo, segundo o delegado Marcelo Siqueira, está em local ainda desconhecido das autoridades.

Conforme apurado, o grupo criminoso (que atuava pelo menos desde 2017) criava pessoas fictícias, mediante documentos falsos, com objetivo de obter benefícios previdenciários/assistenciais fraudulentos, em sua maioria benefícios de prestação continuada – BPC (benefício no valor de um salário mínimo, pago pelo INSS a pessoas com mais de 65 anos e/ou portadores de deficiência).

De acordo com Siqueira, o grupo criminoso usava idosos como “dublês” para falsificar benefícios. As investigações não apontaram a participação de servidores públicos no golpe. “As investigações não revelaram a participação de servidores públicos. Eram civis que vivem de cometer crimes, falsificar documentos, e criar segurados fictícios. O INSS era induzido a erro por parte da documentação falsa”, informou.

Os envolvidos responderão por diversos crimes, dentre eles integrar organização criminosa (art. 2º, § 4º, II da Lei 12.850/2013), estelionato previdenciário (art. 171, §3º do CPB), falsificação de documento público (art. 297 do CPB), uso de documento falso (art. 304 do CPB), dentre outros, com penas que, se somadas, podem chegar a mais de 25 anos de prisão. Segundo o órgão, as falsificações perfazem o valor de R$ 4 milhões.