Bahia

Ônibus seguem sem circular pelo final de linha do bairro de Águas Claras

Coletivos param em ponto improvisado na manhã desta terça-feira (26).

NULL
NULL

Ponto de ônibus vazio no bairro de Águas Claras (Foto: Alan Oliveira/G1 Bahia)Os ônibus seguem sem circular pelo final de linha do bairro de Águas Claras, em Salvador, na manhã desta quarta-feira (26). Os rodoviários pararam de rodar pela localidade depois que umcoletivo foi queimado na segunda-feira (24). Os moradores que dependem do transporte público precisam se deslocar até um ponto improvisado na Rua do Matadouro, próximo a rótula de Cajazeiras III.

Entre o final de linha, e o ponto improvisado, os moradores precisam fazer uma caminhada de cerca de 30 minutos. Além da distância, na manhã desta quarta-feira os moradores também enfrentaram problemas com a lotação dos ônibus. Passageiros foram flagrados pendurados na porta de um coletivo, devido à falta de espaço.

Segundo a SSP-BA, a polícia investiga se há relação entre o ônibus incendiado no final de linha do bairro e uma manifestação que ocorreu na localidade, contra a morte de uma mulher. O crime ocorreu no sábado (22), na Rua Presidente Medici, no final de linha. Na ocasião, outras duas pessoas foram baleadas.

Valéria
Moradores do bairro de Valéria também enfrentam problemas com o transporte público. Na manhã desta quarta-feira, os rodoviários utilizam um ponto imprivisado na Estrado do Derba. O serviço regular de transporte foi suspenso na segunda-feira (24), após uma manifestação realizada no bairro, contra a morte de um jovem de 28 anos, durante uma operação da Polícia Militar ocorrida no domingo (23).

Transporte irregular
Motoristas não licenciados passaram a fazer o transporte irregular de moradores da localidade de Nova Brasília de Valéria, no bairro de Valéria, em Salvador, depois que os ônibus deixarem de circular na região.

Na terça-feira, o G1 flagrou o transporte irregular funcionando entre a Estrada do Derba e a localidade de Nova Brasília de Valéria, a um custo de R$ 2.

Entre as pessoas que usaram o transporte irregular estava o segurança Ademilton Santos, de 25 anos, que chegava do trabalho no momento em que solicitou o serviço. Ele reclamou da distância entre o local onde os coletivos fazem parada até a localidade onde mora. "Fico em pé o dia todo, ainda tenho que ir para casa andando. Assim não dá", disse.

Um dos motoristas que faz o serviço, que preferiu não se identificar, contou ao G1 que o transporte será oferecido até que os ônibus voltem a circular normalmente na localidade. "Enquanto [os ônibus] não voltarem, eu vou ficar aqui, levando as pessoas até lá dentro [em Nova Brasília de Valéria]", contou.

Reprodução/G1