Ônibus escolares que transportam crianças do distrito de Jaíba até Feira de Santana, a cerca de 100 quilômetros de Salvador, estão sendo apedrejados na estrada do aeroporto. Os ataques acontecem entre às 17h e 22h, horário em que as crianças que moram em Jaíba, e estudam em Feira, estão retornando para casa. Alguns estudantes já ficaram feridos por conta dos apedrejamentos.
Os veículos apedrejados fazem parte da frota escolar da prefeitura de Feira de Santana e atende a estudantes das redes de ensino municipal e estadual. A prefeitura informou que os ataques acontecem há cerca de dois meses. O último deles foi no dia 6 de setembro, e deixou o vidro da porta do ônibus quebrado.
“Rumaram (sic) a outra pedra, que fez com que os vidros quebrassem. A última pedra quebrou o vidro da porta, que foi para pegar no motorista. A pedra ficou aqui embaixo, um pedaço de paralelepípedo da esquina”, contou a estudante Ingrid de Jesus, que presenciou o apedrejamento.
O estudante Edvan Oliveira, de 15 anos, se feriu com os pedaços de vidro atingidos pela pedra. O adolescente contou que temeu por uma situação pior no momento do ataque. “Eu pensei que eles iam acertar uma parte do ônibus, que o ônibus ia ter que parar e eles iam entrar para bater na gente”, disse.
O motorista do ônibus contou que assaltos a ônibus são frequentes na região. De acordo com ele, os apedrejamentos são promovidos pelos mesmos assaltantes. O local dos ataques é mal iluminado e as pessoas que atiram as pedras aproveitam para se esconder dentro do mato.
A prefeitura informou que a frota é composta por 24 veículos, e três deles já precisaram ser substituídos devido aos apedrejamentos. O chefe do Departamento Municipal de Veículos, João Eudes, se manifestou sobre o assunto.
“Pedimos a guarda que está nos ajudando. A guarda municipal sempre vem em colaboração a gente. Só pedimos mais um efetivo de viaturas para conduzir até esses locais que está acontecendo”, disse. A Polícia Militar informou que é preciso que realizem queixas sobre o problema para que a corporação realize operação para solucionar a situação.
Reprodução/G1