Bahia

Obras do projeto M.U.R.A.L colorem ruas do Comércio em Salvador

Painéis transformam as ruas da Avenida da França em galeria a céu aberto.

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Busto de uma mãe de santo grafitado pelo artista Marcos Costa (Foto: Natally Acioli/G1)

O Movimento Urbano de Arte Livre, M.U.R.A.L, reuniu talentos das artes visuais para presentear Salvador com obras que transitam por diversos aspectos da cultura baiana. O projeto tem como objetivo divulgar e promover a arte contemporânea e urbana na Bahia, dar mais visibilidade aos artistas, além de proporcionar à população a ampliação do acesso a arte.

Os artistas Fábio Rocha, o Limpo; Fael Primeiro; Rebeca Silva, Davi Caramelo e Éder Muniz, já haviam deixado suas marcas na primeira fase do projeto, que aconteceu em março deste ano. Agora, encerrando a entrega dos painéis, os artistas Devarnier Hembadoom, Nila Carneiro, Pedro Marighella e Marcos Costa, pintaram as paredes da Avenida da França, na região do Comércio. Durante o trajeto, é possível observar painéis gigantescos de pinturas, grafites e outras modalidades artísticas.

O projeto é idealizado pela Trevo Produções, Fundação Gregório de Matos (Prefeitura de Salvador), através do Edital Arte em Toda a Parte – Ano III, e tem na curadoria a produtora e diretora da Trevo Produções, Vanessa Vieira, e a mestre em artes visuais e jornalista, Luciana Accioly. A mostra gratuita é permanente e contém dez murais espalhados pela Cidade Baixa.

Obra “Enniroc Relehcsun 2804”, do Mestre em Artes Visuais pela UFBA, Devarnier Hembadoom (Foto: Natally Acioli/G1)

Devarnier, mestre em artes visuais pela UFBA, apresenta a obra “Enniroc Relehcsun 2804”, que combina spray e pintura, e tem como objetivo mostrar a condição trágica do homem contemporâneo. Em outro painel, Nila Carneiro, que circula entre o design gráfico e as artes visuais, criou uma grande Oxum, realçando símbolos como beleza e riqueza que caracterizam o Orixá.

O artista visual e ilustrador Pedro Marighella, produziu uma obra que remete à cultura de rua e a musicalidade baiana, em especial o pagode, para mostrar uma afirmação positiva da identidade popular. Já o grafiteiro Marcos Costa, utilizou a linguagem que se desenvolve nas ruas, guetos e periferias das grandes cidades, e produziu para o M.U.R.A.L o busto de uma mãe de santo, que acolhe em seus braços a vida e a arte.

O artista visual e ilustrador, Pedro Marighella, fez uma obra que remete a cultura de rua e a musicalidade baiana (Foto: Natally Acioli/G1)

Reprodução/G1