O Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) vem realizando, desde a primeira quinzena de maio, uma fiscalização nas obras do Salão de Baile do Palácio da Aclamação, localizado no Campo Grande, em Salvador. A intervenção no salão contemplará o restauro de pinturas parietais dos elementos artísticos da parede e do forro.
De acordo com a Diretoria de Projetos Obras e Restauro (Dipro/Ipac), 20% da obra já foi executada. “Trata-se de um importante patrimônio, que foi residência oficial dos governadores da Bahia. A restauração desta fina joia, do final do século XIX, é fundamental para que se mantenha preservada a nossa história, sobretudo para usufruto das futuras gerações", explica o diretor da Dipro, Felipe Musse.
A obra de restauração de todo o Palácio da Aclamação, com recursos captados via lei Rouanet, é da ordem de R$ 5 milhões. A primeira etapa, no valor de R$ 700 mil, contempla o restauro do Salão de Baile. “A função do Ipac é cuidar para que a restauração aconteça, de acordo com as normas estabelecidas, além de garantir a integridade e a execução desse importante acervo”, completa Musse.
Palácio da Aclamação
Residência de governadores de 1917 a 1967 e tombado como Patrimônio Material da Bahia (2010) pelo Ipac, o Palácio da Aclamação possui mobiliários em estilo D. José I e Luiz XV, objetos de bronze, porcelana e cristal, tapetes persas e franceses, além de pinturas de paredes e forros criados pelo artista baiano Presciliano Silva.
A estrutura do Palácio é dividida em dois pavimentos. No térreo, estão situados o Salão de Banquetes e o Salão de Baile, com monumental lustre de cristal bacarat e bronze, saguão com decoração neoclássica. Dormitório, sala de almoço, capela e copa integram o andar superior. Desde março de 2018, o local é administrado pelas Voluntárias Sociais da Bahia (VSBA) como espaço de cerimonial para eventos.
Secom // AO