Notificados na tarde desta segunda-feira (11) pela Secretaria Municipal de Urbanismo (Sucom) para a desocupação de prédio no bairro do Horto Florestal, integrantes do Movimento Social Sem-Teto afirmaram ao G1 que não irão atender a determinação. "Eles notificaram sem fazer vistoria de nada. Disseram que o prédio não tinha condição de habitação. Mas nós convocamos alguns arquitetos e urbanistas da Ufbra e eles vieram aqui e disseram que tem sim condições de habitação.
Sendo assim, iremos continuar aqui", afirmou o coordenador da Associação dos Trabalhadores e Desempregados Sem-Teto (ATDSTS) Jhony Bastos. De acordo com nota, a Sucom afirma que a ação é respaldada no Código de Polícia Administrativa de Salvador (Lei 5503/99) e foi tomada com base na irregularidade da ocupação e na segurança das pessoas que estão no local, por se tratar de um ambiente insalubre e inseguro. Bastos afirma que cerca de 32 famílias estão no local com 150 pessoas.
"Nós chegamos aqui por meio de uma seleção de imóveis vazios em Salvador. Identificamos 47 prédios e este estava incluído nele. Não é por ser aqui, em uma área nobre, mas porque ele estava abandonado desde 1985", conta. A ocupação do espaço ocorreu no domingo (10). O advogado do empresário que é dono de 33 dos 36 apartamentos em construção no prédio disse que registrou um boletim de ocorrência na delegacia. "Meu cliente estava buscando a alteração do projeto, ou um parceiro aqui em Salvador para poder fazer a conclusão dessa obra, mas para isso, ele precisa da concordância de todos os proprietários. Mas a obra sempre esteve cuidada por ele", garantiu o advogado Gustavo Moris.
Foto: Reprodução