Bahia

Mutirão examina mais de 150 bebês com microcefalia

Mais de 150 bebês com o diagnóstico confirmado de microcefalia passam por um mutirão de exames no Centro Estadual de Prevenção e Reabilitação de Deficiências

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Mais de 150 bebês com o diagnóstico confirmado de microcefalia passam por um mutirão de exames no Centro Estadual de Prevenção e Reabilitação de Deficiências (Cepred), em Salvador, até sábado (12). Esta quarta-feira (9) foi o dia das mães e filhos do interior do estado, que realizaram dois testes diferentes. Um exame serve para detectar se há alguma deficiência e o outro avalia se o sinal captado pelos bebês que escutam pode ser compreendido por eles.

O centro é referência na reabilitação de pessoas com deficiência na Bahia. Para não haver tempo de espera e aumentar o conforto das famílias, principalmente as que vêm de outros estados, os atendimentos são feitos com hora marcada e há uma sala específica para acolhimento. Segundo a diretora do Cepred, Normélia Quinto, houve uma preparação da equipe e da estrutura para possibilitar o acompanhamento dos bebês de perto.

"Esse mutirão começou no sábado passado. Mas, para as crianças que não estão em reabilitação em outros serviços, nós estamos inscrevendo para fazer o processo de estimulação precoce, aqui no Cepred. Para as mães, há o acolhimento com psicólogos e assistentes sociais. Já para o bebê, há um equipe multidisciplinar de psicólogo, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, fisiatra, fisioterapeuta, neuropediatra e geneticista", explicou a diretora.

Segundo Normélia, o alto número de bebês com microcefalia é um quadro novo e quanto mais cedo o estímulo começar, melhores resultados pode proporcionar. Nesta quarta, a dona de casa Adriele Oliveira, 17 anos, levou o filho de dois meses, Daniel Vinícius, para fazer os exames. Ela aprovou a atenção que recebeu no centro e comentou sobre o desafio que é cuidar do filho com microcefalia.

"Hoje é meu primeiro dia e fico feliz de ver meu filho ser tão bem tratado. Eu não tenho do que reclamar. Ele é lindo. Para mim, é uma criança normal. Eu descobri que ele tinha a microcefalia dois dias antes dele nascer, mas como tive zika no início da gravidez, eu imaginei que isso pudesse acontecer. Eu estou amando meu filho, estou fazendo tudo que posso, todos os exames, tratamentos, e vou continuar fazendo isso por ele", disse Adriele.

 

Foto: Reprodução